segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CHAPA 2,PELA RENOVAÇÃO DO FUTEBOL!

Movimento de jogadores trabalhadores, chamado de Bom Senso Futebol Clube se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira dia 30 de Setembro de 2013,e definiu sua pauta de reivindicações.
 
O Bom Senso FC, movimento criado por jogadores do futebol brasileiro que luta por renovacões no calendário do futebol, dentre outras reinvindicações, divulgou após o primeiro encontro de alguns de seus membros, nesta segunda-feira, em São Paulo, um documento que mostra justamente os principais temas que o grupo quer discutir com a CBF-Confederação Brasileira de Futebol.
 
Com mais de 300 apoiadores, dos quais 20 participaram da reunião desta tarde, o Bom Senso FC, definiu propostas centrais para questões como o calendário, férias, pré-temporada e fair play financeiro. Além disso, solicita participação nos conselhos técnicos das entidades que organizam o futebol nacional.
 
O documento com a assinatura dos jogadores que se reuniram nesta tarde será enviado à CBF com um pedido de encontro com a entidade para o debate nos próximos dias.
 
Hoje, dia 30 de setembro de 2013, reuniram-se pela primeira vez parte do grupo signatário do movimento Bom Senso FC, que já conta com o apoio de mais de 300 atletas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
 
O encontro contou com a presença de vinte jogadores de vários clubes do país e teve como objetivo definir propostas centrais para questões que têm repercutido no rendimento dos atletas e na qualidade do nosso futebol, tais como:
 
 1) Renovação do calendário do futebol nacional;
 2) Férias dos atletas;
 3) Período adequado de pré-temporada;
 4) Fair Play financeiro;
 5) Participação nos conselhos técnicos das entidades que regem o futebol.
 
Ao final da reunião um documento foi assinado por todos atletas presentes. O mesmo será encaminhado para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), requisitando um encontro para que possam ser debatidos os temas acima, visando benefícios aos atletas, torcedores e ao futebol brasileiro como um todo.
 
Bom Senso Futebol Clube Luta:
 
 Por um futebol melhor
 para quem joga,
 para quem torce,
 para quem transmite,
 para quem patrocina.
 Por um futebol melhor para todos.
 
Signatários:
 
Barcos (Grêmio), Dida (Grêmio), Alex (Coritiba), Gilberto Silva (Atlético-MG), Lincoln (Coritiba), Fabrício (São Paulo), Rafael Moura (Internacional), Gabriel (Internacional), Juan (Internacional), D'Alessandro (Internacional), Alex (Internacional), Deivid (Coritiba), Jadson (São Paulo), Edu (sem clube), Bruno (Palmeiras), Corrêa (Portuguesa), Edu Dracena (Santos), Rogério Ceni (São Paulo), Paulo César (sem clube) e Paulo André (Corinthians).
 
 
Fonte.Facebook Bom Senso FC

domingo, 29 de setembro de 2013

CHAPA 2,NOSSA LUTA PELA RENOVAÇÃO!

O sindicalismo no Brasil não se renovou. Já era tempo de termos aqui um sindicalismo com autonomia, independente das amarras do Estado; pluralista, sem a obrigatoriedade da unicidade sindical; com o sustento financeiro pago pelos sócios das entidades, e não mediante tributos sindicais; com independência nos órgãos de representação profissional, em vez de sindicatos e centrais que atuam como correia de transmissão de partidos políticos; e com alta taxa de sindicalização. Mas o que se vê hoje, na verdade, é o recrudescimento das práticas de décadas passadas.
Quanto ao sustento financeiro da estrutura de representação profissional, muito se fala sobre o "velho" imposto sindical, criado em 1940, que equivale a um dia de salário de todo empregado, descontado compulsoriamente em março. Mas, vale salientar, de 1988 para cá quadruplicou o autoritarismo no campo trabalhista. Isto é, foram instituídas outras contribuições para saciar o apetite de vários órgãos de representação profissional que garfam, com muita gula, parte dos salários dos trabalhadores, a título de contribuições para o sustento de suas entidades.
A Contribuição Confederativa é uma delas. Surgiu no artigo 8.º da Constituição de 1988 e o montante a ser cobrado dos empregados é estipulado em assembleia do sindicato. Outra é a Contribuição Assistencial, que também apareceu nos fins dos anos 80, cobrada no mês em que se firma o acordo coletivo, e seu valor é também fixado em assembleia sindical, com fundamento no artigo 513 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E, finalmente, a "contribuição" conhecida como negocial, cobrada por alguns sindicatos. Essa, sem amparo legal, é solicitada em decorrência de acordo no Programa de Participação nos Lucros ou nos Resultados (PLR).
No que concerne aos sindicatos tutelados pelo Estado, sua origem, no Brasil, está no início do governo Vargas. Mas com a promulgação da Constituição de 1988 houve uma aparente redução do controle estatal nos sindicatos. Apenas aparente, pois na Lei Maior há um número muito grande de regras disciplinando as relações dos órgãos de representação profissional, que sustentam um sistema rígido de controle estatal, embora atenuado e disfarçado, restringindo a liberdade sindical.
A partir do primeiro lustro da década de 2000, para reforçar a tutela do Estado sobre o sindicalismo brasileiro, verifica-se no País a cooptação pelo governo de vários dirigentes sindicais. Eleva-se a presença, cada vez maior, de militantes trabalhistas em aparelhos governamentais. O resultado disso tudo é que, como na era Vargas, muitos sindicatos estão mais a serviço do governo, e não de seus filiados. É a antítese da autonomia sindical.
As centrais sindicais não fogem à regra desse sindicalismo dependente do Estado. A partir de 2008 elas também passaram a ser financiadas pelo "imposto" sindical e atuam de forma cupular como correia de transmissão de partidos políticos, ou como trampolim para carreiras políticas de seus dirigentes, distanciando-se das bases que dizem representar. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior das centrais, é braço do PT e, por consequência, está dependente do governo. A Força Sindical, a segunda maior central, ligada ao PDT, vem há anos controlando o Ministério do Trabalho.
Aliás, a CUT, que nos anos 80 e 90 fazia críticas ferrenhas ao Estado brasileiro, passou a ser agora uma entidade muito adequada aos interesses do governo. Alguns estudos publicados recentemente procuram explicar essa mudança de postura da maior central sindical do País. Um deles é o livro Novo Sindicalismo no Brasil, de Teones França, publicado agora, em 2013, pela Editora Cortez.
O fato é que tais centrais hoje, embora no discurso se apresentem como representativas, na prática estão muito distantes da realidade da maioria dos trabalhadores do País. A grande massa de trabalhadores está por fora do que acontece em termos de representação profissional. Além do mais, o número de sindicalizados no Brasil é pequeno. Aliás, sempre foi pequeno.
No início da década de 1980 o número de sócios em sindicatos era de apenas 29% da população economicamente ativa e agora, em 2013, não chega a 18%. Além disso, muitos trabalhadores são sócios de sindicatos independentes, que não estão filiados a nenhuma central. Dentro do universo de sindicatos, filiados a alguma central, há também aqueles que recorrem às entidades por motivos apenas assistencialistas. Estima-se que representam pelo menos 50% desses associados. Assim, como se vê, resta apenas um número pequeno de militantes sindicais.
Portanto, há assalariados que nem sabem direito se a sua entidade de SINDICATOS!representação profissional é filiada a alguma central sindical ou qual é o órgão que o sindicato escolheu para se filiar. Mas elas se consideram legítimas representantes, na medida em que os sindicatos em que esses profissionais, por força da lei, estão enquadrados a elas se filiaram. Talvez por essa razão as centrais estejam acomodadas com a atual estrutura sindical. Podem dizer interesseiramente que representam um número muito grande de trabalhadores. Dentro do nosso modelo de representação profissional, elas estão falando a pura verdade.
O fato é que, quanto mais burocratizada e controlada é a estrutura de representação profissional, mais cupular se torna a organização dos trabalhadores, distanciando a massa de assalariados do mundo sindical. Salvo raras exceções, nada de novo tem surgido em nosso sindicalismo. Ao contrário, o que estamos assistindo é ao seu envelhecimento, repetindo as mesmas práticas de décadas passadas. Um sindicalismo parco de representatividade e fortemente dependente do Estado. As ruas, no fraco movimento de 11 de julho liderado pelas centrais, evidenciaram isso.
Fonte:Sérgio Amad Costa é professor de Recursos Humanos e Relações Trabalhistas da FGV-SP.(Estado de São Paulo dia 10 de Setembro de 2013) 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CHAPA 2,EM DEFESA DA VIDA NO ABC!

A chegada da Primavera, conhecida como a estação mais colorida do ano, foi lembrada neste domingo dia 22 de Setembro de 2013, por ativistas dos movimentos sociais e ambientalistas do Grande ABC, reunidos na “1º Marcha Primavera Poluída”, organizada pelo Movimento em Defesa da Vida (MDV) do ABC, Movimento Renovação, Coragem e Luta, Ordem dos Advogados do Brasil de Diadema e diversos Grupos de catadores de recicláveis do ABC. O protesto teve como alvo o cenário sombrio do Polo Petroquímico de Capuava, na divisa de Mauá com Santo André, que ganhou ar ainda mais cinzento na manhã nublada que caracterizou este domingo na região.

O evento, segundo o advogado ambientalista, Virgílio Alcides de Farias, representante do MDV, teve o objetivo de denunciar os índices alarmantes de poluição verificados na região, particularmente o parque industrial petroquímicos que há décadas prejudica a saúde dos moradores do entorno, com consequências também para toda a população do Grande ABC e da divisa de São Paulo.Durante a manifestação os manifestantes revezaram o microfone, denunciando também a ação ou melhor a omissão apontada como ilegal de prefeitos da região e órgãos de licenciamento ambiental, acusados de agir em favor do “modelo econômico poluidor”, passando por cima da legislação ambiental e dos interesses e bem-estar da população.
  
Além dos chefes de Executivo e órgão municipais, que os ambientalistas prometem responsabilizar judicialmente, não foram poupadas críticas à CETESB (Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Ambiental), órgão, que segundo os organizadores do ato, desde que foi criado em 1973, descumpre suas obrigações ao não agir com rigor na aplicação das leis ambientais e na fiscalização dos empreendimentos licenciados. No caso das indústrias do Pólo Petroquímico, o advogado Farias, critica o fato de as licenças ambientais serem renovadas sem transparência e sem audiências públicas para oitiva das populações que sofrem os impactos das atividades das empresas. As críticas à companhia ambiental foram sintetizadas também em uma das faixas que dizia: “A CETESB faz a primavera poluída”.

Substâncias tóxicas despejadas no ar do ABC:

De acordo com informação do MDV, estudos da professora de Endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC, Maria Ângela Zacarelli Marino, revelam que a queima de solventes clorados no Pólo Petroquímico pode ser um dos responsáveis pelo alto índice de moradores doentes na região.A sustância tóxica estudada é um hidrocarboneto clorado, que em processos térmicos, pode liberar substâncias químicas chamadas dioxinas e furanos, POP´s (Poluentes Orgânicos Persistentes), que são as substâncias tóxicas mais perigosas do mundo.

Represa Billings e incineradores no ABC:

Além das denúncias relativas ao Pólo Petroquímico, a manifestação incluiu outros projetos considerados de consequências ambientais graves, uma deles referentes à iniciativa de prefeitos da região de modificar a Lei Específica da Bacia da Billings, visando recuar nas medidas de preservação dos mananciais. O projeto já foi aprovado pelo Consórcio Intermunicipal de Prefeitos e deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.O protesto também reafirmou o posicionamento do movimento ambientalista da região contra a construção de uma usina de incineração de materiais recicláveis, projeto que o prefeito de São Bernardo,está implantando na cidade, mas também prevendo o envolvimento de outros municípios.

Polo Petroquímico de Capuava,conhecido como Dragão de Fogo:

A manifestação teve início ao lado da estação ferroviária de Capuava e teve como ponto alto uma parada em frente à Braskem, que hoje ocupa as instalações da antiga Petroquímica União. Por volta das 9h30, pouco depois do inicio da caminhada, a chaminé da empresa apresentava enorme chama acompanhada de nuvem de fumaça liberada na atmosfera como resultante da queima de resíduos dos processos petroquímicos. Fato recebido pelos manifestantes como uma provocação“Nesta primavera poluída de Capuava, não há colorido e nem há flores. O que se vê é este enorme dragão cuspindo fogo como símbolo da poluição”, protestou Vigílio Farias.

Fonte.Lamparina Urbana e Organizadores