domingo, 22 de dezembro de 2013

CHAPA 2,FELIZ NATAL!


Meus queridos irmãozinhos e irmãzinhas,

Se vocês olhando o presépio e virem lá o Menino Jesus e se encherem de fé de que ele é o Filho de Deus Pai que se fez um menino, menino qual um de nós e que Ele é o Deus-irmão que está sempre conosco,
 
Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas a presença escondida do Menino Jesus nascendo dentro deles.
 
Se vocês conseguirem fazer renascer a criança escondida no seus pais e nas pessoas adultas para que surja nelas o amor, a ternura, o carinho, o cuidado e a amizade com todo mundo,
 
Se vocês ao olharem para o presépio descobrirem Jesus pobremente vestido, quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente pobres e mal vestidas e sofrerem no fundo do coração por esta situação desumana e se quiserem dividir o que têm e desejarem, já agora, quando grandes, mudar estas coisas para que nunca mais haja crianças sofrendo fome e chorando de frio,
 
Se vocês repararem nos três reis magos com os presentes para o Menino Jesus e pensarem que até os reis, os chefes de Estado, os sábios e outros grandes em sua humanidade vêm de todas as partes do mundo para contemplarem a grandeza escondida desse pequeno Menino que choraminga em cima das palhinhas,
 
Se vocês ao verem a vaca, o boi, as ovelhas, os cabritos, os cães, os camelos e o elefante pensarem que o universo inteiro é também iluminado pela Menino Jesus e que todos, estrelas, sois, galáxias, pedras, árvores, peixes, animais e nós humanos formamos a grande Casa de Deus,
 
Se vocês olharem para o alto e virem a estrela com sua cauda e recordarem que sempre há uma estrela como a de Belém sobre vocês, acompanho-os, iluminando-os e mostrando-lhes os melhores caminhos,
 
Se vocês aguçarem bem os ouvidos e escutarem no ambiente, a partir dos ouvidos interiores, uma música suave e celestial como aquela dos anjos nos campos de Belém, música que lhe traz alegria e profunda paz,
 
Então saibam que eu estou chegando de novo e renovando o Natal. Estarei sempre perto de vocês, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia em que chegaremos todos, humanidade e universo, na Casa do Pai e Mãe de infinita bondade para sermos juntos eternamente felizes como uma grande família reunida.
 
Belém, 25 de dezembro do ano 1.     
         
 
Assinado: Menino Jesus

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

CHAPA 2,CONTRA A CRIMINALIZACÃO!


Representantes de movimentos populares e de centrais sindicais se reuniram para lançar a Campanha Nacional Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais e da Pobreza. O encontro ocorreu ontem (10) na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, no centro de São Paulo, e estabeleceu metas para impedir a aprovação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 728, de 2011, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que tipifica crimes de terrorismo sob argumento de garantir a segurança do país durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Para o coordenador da Central Sindical e Popular Conlutas, José Maria de Almeida, o projeto pode dar margem para que a acusação de terrorismo seja imputada aos movimentos sociais e sindicais do país. O texto do PLS prevê punição para quem “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial ou étnico”.
A integrante do Movimento Passe Livre (MPL) Mariana Toledo lembra que a prisão por averiguação, comum na época da ditadura, veio à tona novamente nas manifestações de junho. “Você prende uma pessoa não porque ela está fazendo alguma coisa, mas porque você quer averiguar. Essa figura é ilegal juridicamente”, disse em entrevista.
Discute-se na campanha não só a ação da Polícia Militar contra as grandes manifestações sociais mais também a violência policial nas periferias. “Os movimentos populares têm dois tipos de criminalização: uma é pela mídia, que os chama de bandidos, vagabundos, arruaceiros, e outra pela própria Justiça, que processa essas pessoas”, explica o advogado das famílias do Pinheirinho, Antônio Ferreira.
Fonte.Brasil atual

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Chapa 2,Por que o senhor atirou em mim?


CHAPA 2,SOMOS FILHOS DE ZUMBI!


20 de Novembro de 2013 é dia de Zumbi dos Palmares e Dandara. É dia de luta,vamos lutar!

10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo. Convide os amigos, parentes e traga a sua família!Próxima quarta,a partir das 11h da manhã, no vão do MASP da Paulista – SP.

 
20 de Novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. É o momento de celebrar a memória Zumbi dos Palmares e Dandara, herói e heroína do povo brasileiro. Mas acima de tudo é um dia de reflexão e busca de novas formas para enfrentar o racismo que, infelizmente ainda hoje dificulta e tira a vida de mulheres e homens em todo o país.
 
A escravidão no Brasil – um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, ocupou ¾ de nossa história. Como herança resta não apenas as condições desiguais de desenvolvimento econômico e de condições básicas de vida dos afro-brasileiros, mas, sobretudo, a naturalização do sofrimento, da dor e da morte negra. A ideia de que a “carne mais barata do mercado é a carne negra” se reafirma pela poesia da bala, que trocada ou perdida, sempre atinge seu alvo: o corpo negro.
 
A exposição permanente do corpo de seres humanos negros presos, torturados, mutilados e de onde violentamente se arranca a vida, não foi suficiente para sensibilizar e mobilizar de fato a sociedade como um todo e, menos ainda, os governos de quaisquer instâncias ou partidos.
 
A indignação aumenta ao perceber que grande parte da violência é promovida justamente por aqueles que deveriam evitá-la. Segundo a Anistia Internacional, em 2011, o número de mortes por autos de resistência apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo foi 42,16% maior do que todas as execuções promovidas por 20 países em que há pena de morte! Em São Paulo só em 2012, 546 pessoas foram mortas em decorrência de confronto com a Polícia Militar. Como parâmetro para esse escândalo, basta lembrar que os movimentos de defesa de direitos humanos reivindicam a morte e desaparecimento de 426 pessoas em 21 anos da ditadura civil-militar, iniciada em 1964. Na cidade de São Paulo, de acordo com o IBGE, 56 % dos jovens vítimas de homicídios são negros. Esse número atinge 71% nos casos de jovens mortos em confronto com a polícia.
 
A violência estampada no índice de homicídios que atinge a população negra soma-se à precariedade dos serviços públicos e dos diversos direitos sociais, escasso para toda a classe trabalhadora e ainda mais limitado à população negra.
 
Neste 20 de novembro o Movimento Negro estará nas ruas para denunciar o Estado e os governos – todos eles, por reproduzirem uma política de negação de direitos sociais, de repressão e violência através de uma segurança pública que elege o jovem negro, pobre e morador de periferias como principal alvo de sua repressão.
 
Nossos gritos exigirão Cotas raciais em universidades e concursos públicos;igualdade nos direitos trabalhistas,fFim do genocídio e a desmilitarização das polícias além de um debate democrático sobre um novo modelo de segurança pública para o país; Defesa da Lei 10639, que traz a história e cultura afro-brasileira para as escolas; defesa dos Quilombolas e religiões de matriz africana; Fim da violência contra mulheres negras, homossexuais, além da garantia de seus direitos; Por mais investimentos em cultura, educação, saúde e pela radial democratização dos meios de comunicação.
 
Fonte:Douglas Belchior e Uniafro
 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CHAPA 2,LUTAMOS POR NOVOS TEMPOS!


Muito se fala na necessidade de se fazer uma reforma política, mas e o movimento sindical, será que também precisa passar por uma renovação? Para os integrantes do MRCL (Movimento Renovação, Coragem e Luta) entidade que defende a renovação e a alternância de poder nas entidades sindicais no Grande ABC e no Brasil, é necessário mais democracia e incentivo as lutas coletivas, e afirma que o tema é difícil de ser aceito pelas direções sindicais, pois muitas lideranças sindicais e políticos financiados pelas verbas dos trabalhadores,estão acomodados com a situação e dizem de barriga cheia, do jeito que esta tá muito bom.
 
Depois das gigantescas manifestações que tomaram o país no mês de junho, este argumento caiu por terra. “O que precisamos urgentemente é de lideranças novas dispostas a lutar em defesa dos trabalhadores, e sepultar de vez os donos do pedaço que agem de forma individualista”, declarou Marcio Vital. “É necessário reconhecer a importância dos históricos militantes que construíram o que está aí, e formar novas lideranças para assumir esses sindicatos com compromisso, independente de partidos políticos e de governos, novas lideranças,novas mentalidades com visão critíca e com sede de mudança,dispostas a lutar por uma sociedade mais justa”, acrescentou.
 
Segundo o MRCL (Movimento Renovação, Coragem e Luta), a atual geração quer participar da vida sindical, mas encontram obstáculos enormes, pois a maioria das direções que estão no poder sindical tem medo do novo, burocratizam o dia a dia, muitos estatutos são feitos para impedir a participação dos novos trabalhadores, precisamos democratizar os sindicatos, realizar eleições limpas e transparentes, prestar contas dos recursos financeiros e assim gradativamente envolvendo os trabalhadores nas discussões politicas, recuperar a confiança e passo a passo resgatar a dignidade do verdadeiro papel dos representantes dos trabalhadores.
 
Os trabalhadores jovens em sua maioria que saíram as ruas em junho, segurando cartazes, e gritando palavras de ordem afirmaram claramente que o que está aí não serve mais e que a juventude trabalhadora está sim, pensando na participação politica e sindical, porém, o grande desafio é renovar o movimento sindical, democratizar suas estruturas, humanizar suas eleições e acima de tudo manter a independência frente aos governos e patrões, somente assim iremos construir algo novo e consolidado na busca por uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
 
Fonte: Trabalhadores da Base

domingo, 13 de outubro de 2013

CHAPA 2,QUEREMOS NOSSO VALE CULTURAL!

Vale-Cultura deve chegar nas mãos de 42 milhões de trabalhadores e começa a funcionar em Outubro de 2013


Com o objetivo de aumentar o acesso dos trabalhadores às artes, o Ministério da Cultura lança um vale que permite a compra de livros, instrumentos, ingressos para espetáculos de dança, teatro, aulas de pintura, fotografia e qualquer outra atividade artística.

É o vale cultura, um cartão magnético pré-pago com o valor de R$ 50 mensais válido em todo o território nacional. O benefício é destinado aos trabalhadores de carteira assinada em que a empresa é credenciada ao Ministério da Cultura. Outro ponto positivo: o saldo é acumulativo e não tem validade.

O benefício pode chegar às mãos de 42 milhões de trabalhadores brasileiros e tem o potencial de mover R$ 25 milhões na cadeia produtiva do setor cultural.

O benefício oferecido pelo governo exige a adesão das empresas para que seus funcionários desfrutem do vale. Para estimular essa adesão, o Governo Federal vai permitir que a empresa de lucro real abata a despesa no imposto de renda em até 1% do imposto devido.

As baseadas no lucro presumido ou Simples também podem participar. O governo abriu mão dos impostos trabalhistas e não vai cobrar encargos sociais sobre o valor do Vale, uma vez que não se caracteriza salário.
Como regra, as empresas devem oferecer o Vale-Cultura prioritariamente aos trabalhadores que recebem até 5 salários mínimos. Mas se quiserem, também podem oferecer o benefício para todo o quadro de funcionários, sempre respeitando a exigência de ofertar o vale primeiramente ao trabalhador com menor salário.

Como funcionará:

O desconto na remuneração do trabalhador com até cinco salários mínimos varia de R$2 a R$5. Quem ganha até um salário paga R$ 1. Acima de um e até dois salários são R$ 2. Acima de dois até três, R$ 3. Acima de três até quatro, R$4. Acima de quatro até cinco, R$5. Para os empregados que ganham acima dessa faixa, o desconto varia de 20% a 90% do valor do benefício, ou seja, pode chegar a R$45. Vale lembrar que fica a critério do empregado a participação no programa desde que a empregador tenha feito a adesão.

 
Fonte.Ministério da Cultura

 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CHAPA 2,PELA RENOVAÇÃO DO FUTEBOL!

Movimento de jogadores trabalhadores, chamado de Bom Senso Futebol Clube se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira dia 30 de Setembro de 2013,e definiu sua pauta de reivindicações.
 
O Bom Senso FC, movimento criado por jogadores do futebol brasileiro que luta por renovacões no calendário do futebol, dentre outras reinvindicações, divulgou após o primeiro encontro de alguns de seus membros, nesta segunda-feira, em São Paulo, um documento que mostra justamente os principais temas que o grupo quer discutir com a CBF-Confederação Brasileira de Futebol.
 
Com mais de 300 apoiadores, dos quais 20 participaram da reunião desta tarde, o Bom Senso FC, definiu propostas centrais para questões como o calendário, férias, pré-temporada e fair play financeiro. Além disso, solicita participação nos conselhos técnicos das entidades que organizam o futebol nacional.
 
O documento com a assinatura dos jogadores que se reuniram nesta tarde será enviado à CBF com um pedido de encontro com a entidade para o debate nos próximos dias.
 
Hoje, dia 30 de setembro de 2013, reuniram-se pela primeira vez parte do grupo signatário do movimento Bom Senso FC, que já conta com o apoio de mais de 300 atletas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
 
O encontro contou com a presença de vinte jogadores de vários clubes do país e teve como objetivo definir propostas centrais para questões que têm repercutido no rendimento dos atletas e na qualidade do nosso futebol, tais como:
 
 1) Renovação do calendário do futebol nacional;
 2) Férias dos atletas;
 3) Período adequado de pré-temporada;
 4) Fair Play financeiro;
 5) Participação nos conselhos técnicos das entidades que regem o futebol.
 
Ao final da reunião um documento foi assinado por todos atletas presentes. O mesmo será encaminhado para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), requisitando um encontro para que possam ser debatidos os temas acima, visando benefícios aos atletas, torcedores e ao futebol brasileiro como um todo.
 
Bom Senso Futebol Clube Luta:
 
 Por um futebol melhor
 para quem joga,
 para quem torce,
 para quem transmite,
 para quem patrocina.
 Por um futebol melhor para todos.
 
Signatários:
 
Barcos (Grêmio), Dida (Grêmio), Alex (Coritiba), Gilberto Silva (Atlético-MG), Lincoln (Coritiba), Fabrício (São Paulo), Rafael Moura (Internacional), Gabriel (Internacional), Juan (Internacional), D'Alessandro (Internacional), Alex (Internacional), Deivid (Coritiba), Jadson (São Paulo), Edu (sem clube), Bruno (Palmeiras), Corrêa (Portuguesa), Edu Dracena (Santos), Rogério Ceni (São Paulo), Paulo César (sem clube) e Paulo André (Corinthians).
 
 
Fonte.Facebook Bom Senso FC

domingo, 29 de setembro de 2013

CHAPA 2,NOSSA LUTA PELA RENOVAÇÃO!

O sindicalismo no Brasil não se renovou. Já era tempo de termos aqui um sindicalismo com autonomia, independente das amarras do Estado; pluralista, sem a obrigatoriedade da unicidade sindical; com o sustento financeiro pago pelos sócios das entidades, e não mediante tributos sindicais; com independência nos órgãos de representação profissional, em vez de sindicatos e centrais que atuam como correia de transmissão de partidos políticos; e com alta taxa de sindicalização. Mas o que se vê hoje, na verdade, é o recrudescimento das práticas de décadas passadas.
Quanto ao sustento financeiro da estrutura de representação profissional, muito se fala sobre o "velho" imposto sindical, criado em 1940, que equivale a um dia de salário de todo empregado, descontado compulsoriamente em março. Mas, vale salientar, de 1988 para cá quadruplicou o autoritarismo no campo trabalhista. Isto é, foram instituídas outras contribuições para saciar o apetite de vários órgãos de representação profissional que garfam, com muita gula, parte dos salários dos trabalhadores, a título de contribuições para o sustento de suas entidades.
A Contribuição Confederativa é uma delas. Surgiu no artigo 8.º da Constituição de 1988 e o montante a ser cobrado dos empregados é estipulado em assembleia do sindicato. Outra é a Contribuição Assistencial, que também apareceu nos fins dos anos 80, cobrada no mês em que se firma o acordo coletivo, e seu valor é também fixado em assembleia sindical, com fundamento no artigo 513 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E, finalmente, a "contribuição" conhecida como negocial, cobrada por alguns sindicatos. Essa, sem amparo legal, é solicitada em decorrência de acordo no Programa de Participação nos Lucros ou nos Resultados (PLR).
No que concerne aos sindicatos tutelados pelo Estado, sua origem, no Brasil, está no início do governo Vargas. Mas com a promulgação da Constituição de 1988 houve uma aparente redução do controle estatal nos sindicatos. Apenas aparente, pois na Lei Maior há um número muito grande de regras disciplinando as relações dos órgãos de representação profissional, que sustentam um sistema rígido de controle estatal, embora atenuado e disfarçado, restringindo a liberdade sindical.
A partir do primeiro lustro da década de 2000, para reforçar a tutela do Estado sobre o sindicalismo brasileiro, verifica-se no País a cooptação pelo governo de vários dirigentes sindicais. Eleva-se a presença, cada vez maior, de militantes trabalhistas em aparelhos governamentais. O resultado disso tudo é que, como na era Vargas, muitos sindicatos estão mais a serviço do governo, e não de seus filiados. É a antítese da autonomia sindical.
As centrais sindicais não fogem à regra desse sindicalismo dependente do Estado. A partir de 2008 elas também passaram a ser financiadas pelo "imposto" sindical e atuam de forma cupular como correia de transmissão de partidos políticos, ou como trampolim para carreiras políticas de seus dirigentes, distanciando-se das bases que dizem representar. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior das centrais, é braço do PT e, por consequência, está dependente do governo. A Força Sindical, a segunda maior central, ligada ao PDT, vem há anos controlando o Ministério do Trabalho.
Aliás, a CUT, que nos anos 80 e 90 fazia críticas ferrenhas ao Estado brasileiro, passou a ser agora uma entidade muito adequada aos interesses do governo. Alguns estudos publicados recentemente procuram explicar essa mudança de postura da maior central sindical do País. Um deles é o livro Novo Sindicalismo no Brasil, de Teones França, publicado agora, em 2013, pela Editora Cortez.
O fato é que tais centrais hoje, embora no discurso se apresentem como representativas, na prática estão muito distantes da realidade da maioria dos trabalhadores do País. A grande massa de trabalhadores está por fora do que acontece em termos de representação profissional. Além do mais, o número de sindicalizados no Brasil é pequeno. Aliás, sempre foi pequeno.
No início da década de 1980 o número de sócios em sindicatos era de apenas 29% da população economicamente ativa e agora, em 2013, não chega a 18%. Além disso, muitos trabalhadores são sócios de sindicatos independentes, que não estão filiados a nenhuma central. Dentro do universo de sindicatos, filiados a alguma central, há também aqueles que recorrem às entidades por motivos apenas assistencialistas. Estima-se que representam pelo menos 50% desses associados. Assim, como se vê, resta apenas um número pequeno de militantes sindicais.
Portanto, há assalariados que nem sabem direito se a sua entidade de SINDICATOS!representação profissional é filiada a alguma central sindical ou qual é o órgão que o sindicato escolheu para se filiar. Mas elas se consideram legítimas representantes, na medida em que os sindicatos em que esses profissionais, por força da lei, estão enquadrados a elas se filiaram. Talvez por essa razão as centrais estejam acomodadas com a atual estrutura sindical. Podem dizer interesseiramente que representam um número muito grande de trabalhadores. Dentro do nosso modelo de representação profissional, elas estão falando a pura verdade.
O fato é que, quanto mais burocratizada e controlada é a estrutura de representação profissional, mais cupular se torna a organização dos trabalhadores, distanciando a massa de assalariados do mundo sindical. Salvo raras exceções, nada de novo tem surgido em nosso sindicalismo. Ao contrário, o que estamos assistindo é ao seu envelhecimento, repetindo as mesmas práticas de décadas passadas. Um sindicalismo parco de representatividade e fortemente dependente do Estado. As ruas, no fraco movimento de 11 de julho liderado pelas centrais, evidenciaram isso.
Fonte:Sérgio Amad Costa é professor de Recursos Humanos e Relações Trabalhistas da FGV-SP.(Estado de São Paulo dia 10 de Setembro de 2013) 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CHAPA 2,EM DEFESA DA VIDA NO ABC!

A chegada da Primavera, conhecida como a estação mais colorida do ano, foi lembrada neste domingo dia 22 de Setembro de 2013, por ativistas dos movimentos sociais e ambientalistas do Grande ABC, reunidos na “1º Marcha Primavera Poluída”, organizada pelo Movimento em Defesa da Vida (MDV) do ABC, Movimento Renovação, Coragem e Luta, Ordem dos Advogados do Brasil de Diadema e diversos Grupos de catadores de recicláveis do ABC. O protesto teve como alvo o cenário sombrio do Polo Petroquímico de Capuava, na divisa de Mauá com Santo André, que ganhou ar ainda mais cinzento na manhã nublada que caracterizou este domingo na região.

O evento, segundo o advogado ambientalista, Virgílio Alcides de Farias, representante do MDV, teve o objetivo de denunciar os índices alarmantes de poluição verificados na região, particularmente o parque industrial petroquímicos que há décadas prejudica a saúde dos moradores do entorno, com consequências também para toda a população do Grande ABC e da divisa de São Paulo.Durante a manifestação os manifestantes revezaram o microfone, denunciando também a ação ou melhor a omissão apontada como ilegal de prefeitos da região e órgãos de licenciamento ambiental, acusados de agir em favor do “modelo econômico poluidor”, passando por cima da legislação ambiental e dos interesses e bem-estar da população.
  
Além dos chefes de Executivo e órgão municipais, que os ambientalistas prometem responsabilizar judicialmente, não foram poupadas críticas à CETESB (Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Ambiental), órgão, que segundo os organizadores do ato, desde que foi criado em 1973, descumpre suas obrigações ao não agir com rigor na aplicação das leis ambientais e na fiscalização dos empreendimentos licenciados. No caso das indústrias do Pólo Petroquímico, o advogado Farias, critica o fato de as licenças ambientais serem renovadas sem transparência e sem audiências públicas para oitiva das populações que sofrem os impactos das atividades das empresas. As críticas à companhia ambiental foram sintetizadas também em uma das faixas que dizia: “A CETESB faz a primavera poluída”.

Substâncias tóxicas despejadas no ar do ABC:

De acordo com informação do MDV, estudos da professora de Endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC, Maria Ângela Zacarelli Marino, revelam que a queima de solventes clorados no Pólo Petroquímico pode ser um dos responsáveis pelo alto índice de moradores doentes na região.A sustância tóxica estudada é um hidrocarboneto clorado, que em processos térmicos, pode liberar substâncias químicas chamadas dioxinas e furanos, POP´s (Poluentes Orgânicos Persistentes), que são as substâncias tóxicas mais perigosas do mundo.

Represa Billings e incineradores no ABC:

Além das denúncias relativas ao Pólo Petroquímico, a manifestação incluiu outros projetos considerados de consequências ambientais graves, uma deles referentes à iniciativa de prefeitos da região de modificar a Lei Específica da Bacia da Billings, visando recuar nas medidas de preservação dos mananciais. O projeto já foi aprovado pelo Consórcio Intermunicipal de Prefeitos e deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.O protesto também reafirmou o posicionamento do movimento ambientalista da região contra a construção de uma usina de incineração de materiais recicláveis, projeto que o prefeito de São Bernardo,está implantando na cidade, mas também prevendo o envolvimento de outros municípios.

Polo Petroquímico de Capuava,conhecido como Dragão de Fogo:

A manifestação teve início ao lado da estação ferroviária de Capuava e teve como ponto alto uma parada em frente à Braskem, que hoje ocupa as instalações da antiga Petroquímica União. Por volta das 9h30, pouco depois do inicio da caminhada, a chaminé da empresa apresentava enorme chama acompanhada de nuvem de fumaça liberada na atmosfera como resultante da queima de resíduos dos processos petroquímicos. Fato recebido pelos manifestantes como uma provocação“Nesta primavera poluída de Capuava, não há colorido e nem há flores. O que se vê é este enorme dragão cuspindo fogo como símbolo da poluição”, protestou Vigílio Farias.

Fonte.Lamparina Urbana e Organizadores

sábado, 31 de agosto de 2013

CHAPA 2,AVANÇA RENOVAÇÃO,CORAGEM E LUTA!

Nossa luta em defesa da Renovação,Coragem e Luta no nosso sindicato e no conjunto do movimento sindical brasileiro está dando o que falar,iniciamos um amplo debate em 2011,que se espalhou por várias categorias,tudo isso depois de anos de apatia e desilusão hoje novos trabalhadores estão encontrando coragem e assumindo a defesa do conjunto da classe trabalhadora em nosso país.E graças ao empenho dos guerreiros e guerreiras do Movimento Renovação,Coragem e Luta,estamos encontrando simpatizantes e apoios em vários seguimentos da sociedade,nosso amigo Ricardo Kotscho é mais um deles,leiam e socializem no chão das fábricas do Grande ABC,do Brasil e do Mundo:

Para Ricardo Kotscho,CUT e movimento sindical precisam renovar suas lideranças...
    
Com a experiência de quem tem 50 anos de jornalismo e trabalhou na cobertura do surgimento do chamado “Novo Sindicalismo”, no final dos anos 1970, que rompeu com o movimento pelego que grande parte das lideranças sindicais praticava até então, Ricardo Kostcho, afirma que a fundação da CUT foi resultado da ampliação da politização dos trabalhadores.

Em entrevista ao Portal da CUT, o também ex-secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, entre 2003 e 2004, durante o governo Lula, destaca que o grande desafio do movimento sindical é renovar as lideranças.Para ele, também o jornalismo deve se transformar, sair das redações e ir para as ruas conhecer a realidade da classe trabalhadora.

Você cobriu o início do novo sindicalismo e o surgimento da CUT. Qual era o cenário em 1983?
Ricardo Kotscho – Eu sou bem antigo, vou completar 50 anos só de jornalismo, então, comecei quando o movimento sindical estava na mão dos pelegos, inclusive o sindicato dos jornalistas. O fato novo ocorreu no final da década de 1970, quando o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, com o Lula à frente, se transformou em foco de resistência à ditadura e trouxe junto outras entidades, como o próprio sindicato dos jornalistas que, em 1979, comandou uma greve histórica. Ali foi o grito de independência, porque os trabalhadores odiavam o sindicalismo feito até a década de 1970.

Quais fatores motivaram a criação da CUT?
Kotscho – É curioso, porque, no começo, o Lula chegou a dar entrevista na TV Cultura dizendo que era contra sindicato se aproximar de partido político e que o importante era cuidar de salário, das condições de trabalho dos operários. Foi a criação do PT, em 1980, que contribuiu para a politização do operário, para que tomasse consciência de seu papel para mudar o país, também influenciado pela atuação de diversos movimentos sociais, como a campanha pela Anistia, a redemocratização.

O que mudou nesses últimos 30 anos?
Kotscho – Ocorreu uma coisa curiosa, porque os movimentos sociais foram crescendo e acabaram chegando ao poder com o presidente Lula, em 2002. E como acontece na maioria dos países, quando a esquerda chega ao poder, houve um esvaziamento desse movimento. Primeiro, porque o governo acaba requisitando os quadros principais e, por outro lado, atende as reivindicações dos movimentos sociais. Então, já não há tanto motivo para brigar. Chega a ser uma contradição, em termos, mas quando chega ao poder, já não tem aquela força toda do tempo em que se combatia a ditadura, por exemplo. Também há um cenário de pleno emprego, a maioria dos aumentos conquistados pelos sindicatos é acima inflação, o salário mínimo nunca cresceu tanto. E é diferente o diálogo do presidente da CUT com o Lula, com a Dilma em relação ao que fazia com o Sarney, o Collor, o Fernando Henrique Cardoso e os que comandaram o País durante a ditadura militar.

Diante desse novo cenário, qual deve ser o papel da CUT?
Kostcho – O principal papel da CUT e do movimento sindical, e aí eu incluo o sindicato dos jornalistas do qual faço parte, é a renovação dos quadros. Uma vez a presidenta disse isso para mim, que a grande dificuldade era ter novas lideranças, e penso da mesma forma. A minha geração, que conquistou a Presidência da República em 2002, envelheceu e não só na idade, mas também em ideias. Precisamos descobrir novas formas e novas lideranças capazes de despertar o interesse dos mais jovens no movimento sindical, porque há um processo de esvaziamento em todos os setores, inclusive no movimento estudantil. Esse é o grande desafio, descobrir como trazer essa juventude que foi às ruas meio destrambelhada, sem liderança, para dentro dos movimentos sociais. 

Mudou também o perfil do jornalista que cobre o movimento sindical. O senhor acredita que aumentou a resistência aos temas da classe trabalhadora?
Kostcho – Sim, porque há outro perfil de jornalista. Na minha época, o jornalista era mais vinculado às lutas sociais e sindicais pela própria origem e, atualmente, são muito mais próximos do patrão do que da base social. E isso vale também para os políticos. Todo mundo fala da crise de representatividade e é exatamente isso que ocorre, há um abismo grande entre o que a imprensa fala e como os políticos atuam na realidade social do país. Os repórteres não vão mais aos lugares, são jornalistas de gabinete.

Fonte:Luiz Carvalho - Sitio da CUT Nacional 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

CHAPA 2,LUTA CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO!

É preciso barrar o projeto da terceirização

O trabalhador, enquanto prestador de serviços, é um homem livre cuja inserção na atividade produtiva funciona como um contrato de adesão. A lei agrega um conjunto de condições que se tornam as regras mínimas do relacionamento entre empregado e empregador, postas como vontade do Estado. Revestidas deste interesse de ordem pública, tais cláusulas são ordens do Estado e não podem ser renunciadas pelos trabalhadores. 

O contrato de trabalho foi uma das mais importantes conquistas da classe trabalhadora. Um processo de lutas travadas em condições desiguais marcada por contradições foi assegurando cada direito, como a jornada de trabalho, o repouso semanal remunerado, férias, indenizações pela dispensa, 13º salário. Nada foi obtido sem luta. 

Entre as décadas de 1940 e 1970, o mercado de trabalho apresentou fortes sinais de estruturação em torno do emprego assalariado regular e dos segmentos organizados da ocupação. A presença de taxas elevadas de expansão dos empregos assalariados com registro formal em segmentos organizados e a redução da participação relativa das ocupações sem registro, sem remuneração e por conta própria, e ainda do desemprego, possibilitaram a incorporação crescente de parcelas da população economicamente ativa ao estatuto do trabalho brasileiro. 

O cenário se altera com a mudança da correlação de forças na década de 1990. Inicia-se o período da chamada “ofensiva neoliberal” e a luta da classe trabalhadora enfrenta um quadro cada vez mais adverso. Em 1989, o total de assalariados representava 64% da População Economicamente Ativa (PEA) e em 1995 havia passado para 58,2%.

A maior devastação é produzida pela desconstrução do átomo básico do Direito do Trabalho, que é a relação de emprego protegida juridicamente, entre o prestador e o tomador dos serviços: o Contrato de Trabalho. Tal processo iniciou-se com a chamada terceirização. 

A terceirização impede a geração de mais vagas de trabalho; impõe salários mais baixos (em média 27% menor); aumenta o número de acidentes e mortes; jornada maior de trabalho; aumenta a rotatividade; impede a criação de empregos, além da falta de representação sindical. 

Apenas como exemplo, o sistema Petrobras possui cerca de 80 mil trabalhadores e mais de 350 mil terceirizados. As negociações com a empresa e as subsidiárias são divididas por temas, como benefícios, assistência médica, Petros (fundo de pensão), relações sindicais, emprego, remuneração, entre outros. Saúde, segurança e terceirização estão entre os itens prioritários, uma vez que mais de 80% dos acidentes com vítimas fatais ocorrem entre os terceirizados. 

Segundo o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, a cada dez mortes, oito são de terceiros. “A Petrobras tem muita resistência em discutir esse assunto e tenta transferir a responsabilidade para a empresa contratada, mas nós vamos continuar insistindo em discutir o que chamamos de irresponsabilidade social da empresa”, afirma. 

Estamos diante de uma nova ofensiva patronal. O Projeto de Lei 4330/2004 prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade de determinada empresa, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. 

Atualmente, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que rege a terceirização no Brasil, proíbe a contratação para atividades-fim das empresas, mas não define o que pode ser considerado fim ou meio.

Ele representa praticamente o fim das categorias formais reguladas por acordos e convenções coletivas negociadas pelos sindicatos, jogando por terra toda a história de luta dos trabalhadores. 

É um ataque à própria Constituição Federal, que assegura o valor social do trabalho como base estruturante da sociedade brasileira. O PL 4330 reduz direitos dos trabalhadores, porque vai ampliar a terceirização de forma ainda mais precária e, com isso, reduzir o número de filiações aos sindicatos, pulverizá-las, dificultando a organização e a luta da classe trabalhadora por seus direitos, melhores condições de trabalho e salário. 

E essa luta é feita pelos sindicatos e centrais, que são os legítimos representantes dos trabalhadores. É fundamental arquivar o PL 4330 e impedir este ataque patronal aos direitos da classe trabalhadora.

Fonte:Brasil de Fato 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

CHAPA 2,RENOVAÇÃO AOS TRABALHADORES!

A luta travada pelos guerreiros e guerreiras do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta) em defesa de um novo modelo de representação política e sindical,acaba de ganhar ainda mais apoio além dos trabalhadores e trabalhadoras que constroem a riqueza do nosso país.

Diariamente recebemos dezenas de emails de todos os cantos do mundo,saudando nossa luta em defesa da classe trabalhadora.Depois do balde de água fria despejado pelo povo na cabeça dos "donos do poder" durante a Copa das Manifestações de Junho de 2013 e do verdadeiro fiasco que foi a tal "paralisação nacional" do dia 11 de Julho de 2013,começam a surgir desabafos de antigas lideranças políticas e do movimento sindical,como é o caso do companheiro Jair Meneguelli,fundador da CUT (Central Única dos Trabalhadores) que acaba de conceder esta entrevista ao Jornal Estado de São Paulo,a qual socializamos com todos os trabalhadores e trabalhadoras,boa leitura companheiros e companheiras que acreditam em dias melhores!

"Virou profissão,das boas,ser um dirigente sindical’,disse fundador da CUT"

Radical, o ex-sindicalista Jair Meneguelli afirma que o movimento sindical brasileiro ‘acabou’ e que CUT perdeu chance histórica de agir sob Lula,sucessor de Luiz Inácio Lula da Silva no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em 1981, e fundador da CUT, entidade que presidiu até 1994, Jair Meneguelli hoje é presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi).Meneguelli não é mais a "máquina de conceder entrevistas", como ele mesmo destacou nesta conversa com o Estado, feita por telefone. Meneguelli critica a ligação entre CUT e PT e afirma que o movimento sindical brasileiro está "acabando".

Na ata de fundação da CUT, o sr. fez questão de registrar que ela não deveria ter caráter partidário. No entanto, todos os dirigentes da CUT eram petistas, e a maior parte tinha ajudado a fundar o PT, três anos antes. Essa diferenciação chegou a existir, ou foi somente um anseio?
A CUT não pode ter caráter partidário, isso é crucial. Sindicato é sindicato, partido é partido. Tive uma briga homérica com José Dirceu justamente por conta disso. Na época, anos 80, Dirceu era secretário-geral do PT, o homem forte do partido, e foi à imprensa nos criticar por conta de uma decisão que a CUT tomou de convocar uma greve geral.Segundo Dirceu, aquilo seria um retrocesso naquele momento. Aquilo criou uma guerra pessoal entre nós dois. Mesmo sendo petista, eu era o presidente da CUT, e, portanto, não estava interessado em saber se havia eleição ou não, se a greve seria conveniente do ponto de vista político. A vontade dos trabalhadores era pela greve, e assim foi feito. Este deveria ter sido o caminho desde o início.

Mas não foi bem assim?
Eu fico chateado porque acho que a CUT perdeu um momento histórico durante o governo Lula e mesmo agora no governo Dilma.Ela a CUT poderia liderar uma verdadeira revolução no movimento sindical brasileiro, dado seu tamanho e sua relação com o governo. Mas não foi o que aconteceu. O movimento sindical brasileiro está acabando. Todo mês o Ministério do Trabalho recebe cerca de 80 novos pedidos de registro de sindicato, porque está virando uma profissão, e das boas, ser dirigente sindical no Brasil. Esta não era a realidade dos anos 1980. A CUT perdeu o maior momento de sua história.A central tinha a amizade do presidente Lula, e deveria ter aproveitado isso para dizer que era hora de reivindicar tudo aquilo que sempre lutamos, como o fim do imposto sindical,redução da jornada para 40 horas semanais. Mas a CUT fez o contrário.

Para onde vai a CUT?
Não sei, sinceramente. Veja a paralisação geral que as centrais, incluindo a CUT, tentaram convocar em 11 de Julho, para aproveitar as manifestações populares que tomaram as ruas no mês anterior. A paralisação foi um fiasco. As centrais não estão mais captando e representando o pensamento e as vontades dos trabalhadores.

O sr. chegou a ser convocado pelo então presidente Fernando Collor para uma reunião em Brasília, um encontro considerado tabu na época. Como foi aquilo?
Foi no fim de 1990, ano de desilusão após o fracasso do Plano Collor, mas muito antes das denúncias que levariam ao impeachment começarem.A CUT comandou todas as diversas greves daquele ano, e o Collor me chamou. Levei a ele as 13 reivindicações principais da central, e ele não fez nada com aquilo. Mas saí daquele encontro com a certeza de que ele não duraria no cargo. Ele disse que eu era um privilegiado por estar ali, já que todos os que pediam reuniões não eram atendidos.Governante que não senta com deputado, senador e sindicalista vai ter problemas. Essa sempre foi a regra, né?

Fonte:João Villaverde - O Estado de S.Paulo

domingo, 11 de agosto de 2013

CHAPA 2,CONTRA O ASSÉDIO SEXUAL!

O assédio sexual pode começar com cantadas e insinuações, evoluir para um convite para sair e chegar ao ponto de forçar beijos, abraços e outros contatos mais íntimos. Algumas vezes, ocorre mediante ameaça de demissão ou em troca de uma vantagem ou promoção. Em todo o mundo, 52% das mulheres economicamente ativas já sofreram assédio sexual, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho). No Brasil, o Ministério do Trabalho define assédio sexual como a abordagem, não desejada pelo outro, com intenção sexual ou insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada que usa dessa vantagem para obter favores sexuais de subordinados. 

Assédio sexual é crime:

O assédio sexual é crime no Brasil desde 2001, quando ficou estabelecida pena de detenção de um a dois anos para quem praticar o ato. Segundo a legislação atual, a conduta é caracterizada quando alguém for constrangido "com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual", desde que o agente aproveite da sua condição de superior hierárquico."Existem dois tipos clássicos de assédio: por chantagem e por intimidação. No primeiro, a vítima tem que provar que foi coagida e que houve conjunção carnal. Para caracterizá-lo é preciso ainda que o ato tenha sido praticado por um superior hierárquico. No segundo tipo de assédio, não é necessário haver ameaça, pode ser um galanteio, uma cantada, uma brincadeira de mão ou de mau gosto".O grande problema é que parte dos juízes só consideram o primeiro tipo de assédio,o que,inviabiliza possíveis condenações. Isso porque a vítima tem que mostrar que foi chantageada e que houve contato sexual e apresentar testemunhas contra o autor. "Isso aumenta muito a impunidade,por isso não existem muitos processos na justiça brasileira,a maioria das mulheres fica constrangida,são acusadas de provocativas e mercenárias e optam por pedir demissão no trabalho,a corda parte sempre do lado mais fraco",afirmam os especialistas em Direito do Trabalho.

Como funciona em outros países:

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) define assédio sexual como atos, insinuações, contatos físicos forçados, convites inconvenientes, que apresentem as seguintes características: condição clara para manter o emprego, influência em promoções na carreira, prejuízo no rendimento profissional, humilhação, insulto ou intimidação da vítima. Trata-se, portanto, de condutas que não se restringem ao sexo, mas atos que prejudicam de alguma forma a vítima em seu ambiente de trabalho.Nos Estados Unidos uma pesquisa revelou que 24% das profissionais já tinham sofrido assédio sexual,lá é onde existem as leis mais rígidas em relação a essa prática.Países como França e Nova Zelândia tratam do assédio sexual em suas legislações trabalhistas.Diferentes de Brasil, Espanha, Itália e Portugal que abordam o tema no Código Penal.

O que fazer em caso assédio sexual:

De acordo com os especialistas de Direito Trabalhista,a primeira reação das trabalhadoras e trabalhadores ao assédio sexual deve ser conversar com a pessoa que está constrangendo,sempre na presença de testemunhas. “Diga que aquilo que está acontecendo está incomodando e atrapalhando o seu desempenho no trabalho".Algumas vezes,o assédio sexual pode ser uma questão de interpretação dos envolvidos e uma boa conversa pode resolver". Agora se o assédio sexual persistir,entre em contato imediatamente com a área de recursos humanos da empresa.“Se a companhia não tiver este setor, informe os colegas de trabalho”,faça um boletim de ocorrências na delegacia mais próxima e procure apoio jurídico no sindicato da categoria.Não sofra calada,ligue 100 e denuncie!

Fonte:Trabalhadores (as) da Base

domingo, 28 de julho de 2013

CHAPA 2,CARTÃO VERMELHO CONTRA A DITADURA!

Nós,do Movimento Renovação Coragem e Luta,escolhemos esse nome juntamente com todos os trabalhadores e trabalhadoras,por percebermos tal crise de representatividade há alguns anos no Sindicato dos Químicos do ABC.Escolhemos essas três palavras nobres porque muito antes das manifestações que tomaram o país, nos convencemos de que nosso sindicato precisa renovar sua estrutura,seus quadros e sua prática diária imediatamente.

É preciso escutar os antigos e principalmente os novos trabalhadores e trabalhadoras,que ingressaram recentemente no mercado de trabalho,pois muitos deles estão conectados nas redes sociais,tais como facebbok,emails e blogs,pois estes novos trabalhadores e trabalhadoras certamente,estiveram presentes nas ruas,durante a "Copa das manifestações",que tomou nosso país em junho,carregando cartazes,megafones,microfones,câmeras,celulares  e cantando bem alto "Vem,vem,vem pra rua,vem!".

O Movimento Renovação,Coragem e Luta,ajudou a organizar e acompanhou toda a onda de protestos,chamada carinhosamente pelos estudantes e trabalhadores de "Copa das Manifestações",um verdadeiro tsunami que varreu o país e que, “de repente”, colocou em xeque as formas de representação cristalizadas na sociedade brasileira sejam eles partidos, sindicatos, parlamentos,governos e etc.Nas ruas das grandes cidades,centenas de milhares de jovens cidadãos,coisa nunca vista antes na história deste país,algo em torno de milhões de corações e mentes,mesmo sem unidade de propostas,sem liderança definida,naquilo que defendiam exatamente,mas seriamente convictos e coerentes sobre o que não querem mais,e tenham a certeza que está prática sindical e política são algumas delas.

Esses jovens estudantes e trabalhadores,e todas as outras pessoas que se juntaram a eles,não querem mais corrupção na política nacional,não aceitam mais mensalões e impunidades,não concordam com sindicalistas encastelados,não querem mais suas prioridades como saúde, educação, habitação, emprego e transporte públicos ignoradas pelos governantes.Enfim, não querem mais essa democracia indireta que lhes é concedida, essa participação difusa que só acontece nas eleições, periodicamente,onde políticos aparecem nas ruas e portas das fábricas dando tapinhas nas costas da peãozada e nunca mais retornam e o que é pior quando ligam para os gabinetes dos eleitos,pedem para a secretária dizer" Ele não está,pode deixar o recado,que entraremos em contato!". 

Foi nesse sentido que nós do  Movimento Renovação,Coragem e Luta,decidimos focar nossas propostas nas três palavras mágicas,lá atrás em 2011,já sabíamos que este caminho trilhado pela atual direção nos levaria para a inércia e a desmobilização da categoria,pois nunca acreditaram no resgate da identidade entre o sindicato e sua categoria sofrida,calejada,e que mudou para pior nos últimos anos,nós da oposição lutamos em nome de um sindicato verdadeiramente de luta,buscamos iniciativas de interesse geral dos trabalhadores químicos do ABC,queremos a realização de congressos representativos,com milhares de trabalhadores e trabalhadoras eleitas a luz do dia,queremos prestação de contas nas portas de fábricas,queremos eleições limpas,queremos a democratização do nosso estatuto,para possibilitar a participação direta dos mais de 42 mil trabalhadores e trabalhadoras químicas na próxima gestão sindical.

Repudiamos a atitude antidemocrática e ditatorial da atual direção que ao invés de lutar para garantir direitos aos homens e mulheres que ainda carregam marmitas em nossa categoria,respiram solventes,recebem salários de fome,vão de bicicleta ao trabalho para economizar migalhas e milhares de terceirizados que não recebem participação nos lucros em pleno ano de 2013,do alto de sua arrogância preferiu utilizar nossa aguerrida e tão sofrida categoria como massa de manobra durante o 11º Congresso dos químicos do ABC,para engessar nosso estatuto e avalizar as perseguições,agressões e as dezenas de demissões dos trabalhadores e trabalhadoras que lutam por renovação,coragem e luta no Grande ABC.

A vocês "donos do poder sindical" fiquem sabendo que esta luta,por renovação,coragem e luta se espalhou pela região,pelo país e pelo mundo,hoje são milhares de trabalhadores e trabalhadoras se levantando contra a pelegagem sindical,graças ao apoio e os comentários de incentivo dos 26 mil acessos em nosso blog,hoje somos cumprimentados nas ruas,nos shoppings,hoje somos referências nas lutas sindicais,hoje somos reconhecidos pela coragem e aplaudidos de pé nas portas das fábricas do Grande ABC.

E isso nos enche de orgulho e esperança,mesmo sendo covardemente retirados do processo eleitoral em 2011,mesmo sendo xingados de criminosos em nosso jornal,mesmo sendo processados por esta justiça de direita,mesmo tendo mais de 18 pais e mães de família desempregados por conta desta luta,mesmo não tendo dinheiro para por créditos no celular,ao lado da verdade e de Deus,alcançamos o imaginável,hoje temos não só crédito com a categoria,mas o respeito da classe trabalhadora,que constrói a riqueza no chão de fábrica,hoje podemos bater no peito e gritar bem alto..."Nossas lutas não foram em vão!".

"Os poderosos do sindicato podem bater,perseguir,demitir e expulsar uma, duas ou três guerreiras e guerreiros da oposição.Mas  jamais conseguirão deter a primavera da renovação,coragem e da luta no Grande ABC...

Fonte:Trabalhadores(as) da Base

quinta-feira, 18 de julho de 2013

CHAPA 2,SINDICATO É PRA LUTAR!


Por um sindicato verdadeiramente democrático!  

O Sindicato dos Químicos do ABC e o conjunto do movimento sindical brasileiro vive, nos dias de hoje, um  momento único da sua história, onde os trabalhadores são chamados a ocupar o lugar que de fato e de direito lhe pertence:o de ser o sujeito de sua própria vida e donos de seu próprio destino, ou seja, protagonistas na construção de um novo modelo de representação politica e sindical.

Nesse momento assistimos cair às máscaras daqueles que há anos não pisam mais no chão de fábrica e que protegidos por seguranças e mordomias se diziam representar os homens e mulheres que compõem a classe trabalhadora, aqueles que acreditaram que com dinheiro fácil comprariam os corações e as mentes de todos. Mas a casa caiu!e os milhares de trabalhadores e trabalhadoras que são diariamente massacrados nas fábricas,respirando solventes nas indústrias químicas, mendigando CATs, sendo humilhados por chefias e peritos do INSS,aguardando por uma ajuda que nunca chega,sem orientação jurídica digna,se cansaram,tomaram consciência e saíram as ruas, em gigantescas manifestações no campo e nas cidades, nos bairros e nas comunidades carentes de nosso país.

Enquanto a classe politica e os pelegos sindicais gastam milhões dos cofres do sindicato, usufruindo de carros,viagens internacionais,restaurantes e hotéis cinco estrelas a miséria, a fome e as doenças profissionais invadem a casa dos trabalhadores químicos do ABC,com a mesma brutalidade com que diariamente as forças policiais invandem os lares dos pais e mães de família em todo o país,espancando,torturando,matando e destruindo tudo que encontram pela frente.Levando terror,morte e violentando famílias nas periferias de nosso Brasil.

Até mesmo os serviços públicos essenciais ao dia a dia do povo,conquistados com muito sangue, suór e lágrimas pelos trabalhadores brasileiros ao longo de décadas de luta, são cinicamente usurpados e mercantilizados pelos governos e pelos patrões. Em pleno ano de 2013,ainda somos vitímas de uma política neoliberal a trabalho do capital, que mistura privatizações com sucateamento dos serviços,negando e muitas vezes negociando saúde, educação, transporte e moradia decente a milhões de trabalhadores brasileiros. Todos estes problemas misturados ao desprezo da classe politica, foi o estopim que mobilizou milhões de homens e mulheres nas ruas do nosso país.

Diante deste enorme desafio que se coloca defenderemos três princípios para nosso sindicato:

1)      Independência - Desenvolver uma prática sindical absolutamente independente frente aos patrões, aos partidos políticos, aos governos e ao estado. Um sindicato tem um único e só patrão: a categoria que ele representa. É inconveniente, inadequada e, mesmo, imoral a tal convivência amistosa e civilizada entre patrões e empregados. O nome disso é conivência. Não nos negamos, é claro, a ir à mesa de negociação, mas sempre conscientes do nosso papel de firmes e severos defensores dos interesses da classe trabalhadora.

2)       Autonomia - Desenvolver uma prática sindical absolutamente autônoma frente a quaisquer determinações político - partidárias. Consideramos legítima a atividade político-partidária fundada na ética e no socialismo, mas tomamos como princípio de nossa ação sindical que cabe somente à categoria decidir o que seu sindicato deve fazer – no curto, médio e longo prazo.

3)      Consciência de classe - Somos trabalhadores e nossa solidariedade primeira é com a classe trabalhadora, nosso primeiro compromisso, enquanto trabalhadores, é com aqueles que, como nós, são vítimas da exploração e opressão patronal. A responsabilidade social de formadores de consciências que pesa sobre nossos ombros não nos coloca à margem da classe trabalhadora brasileira, foi assim que nos constituímos em Oposição Sindical nos Químicos do ABC.

Estamos cientes do nosso papel na sociedade e na categoria química do ABC e assumimos publicamente nossos compromissos.Diferente dos atuais dirigentes sindicais que se dizem democráticos e utilizaram da estrutura paga com nosso suór no 11º Congresso da categoria para legitimar as demissões e iniciar um processo sumário de expulsão dos membros que defendem os ideais da renovação,coragem e da luta no Grande ABC.

"Os poderosos do sindicato podem bater,perseguir,demitir e expulsar uma, duas ou três guerreiras e guerreiros da oposição.Mas  jamais conseguirão deter a primavera da renovação,coragem e da luta no Grande ABC..."

Fonte:Renovação,Coragem e Luta

quarta-feira, 3 de julho de 2013

CHAPA 2,POR UM PLEBISCITO POPULAR!

"A internet e as redes sociais facultam ao povo a possibilidade de se auto convocar,sem a necessidade de líderes ou de sindicatos".

Arcebispo Dom Cláudio Hummes

O povão tomou as ruas para demonstrar o seu descontentamento com a forma que se faz política no Brasil. As grandes manifestações e seus cartazes ferozes colocaram em xeque o descaso com a saúde, educação,segurança pública e pelo fim da corrupção.Mas seu foco principal foi pela renovação do atual sistema político,seja ele municipal,estadual e nacional.Os trabalhadores e estudantes questionaram profundamente os poderes de representação política e o abuso do poder econômico nas eleições.Todo esse reboliço popular,nos revelaram o que já sabíamos,governantes precisam tomar banho de povo,pegar ônibus lotados em horário de pico,frequentar os corredores lotados do SUS,experimentar na pele a aprovação automática nas escolas e acima de tudo  a olhar e dar vós aos que até hoje nunca foram ouvidos,pois o gigante adormecido despertou do sono profundo e resolveu questionar as injustiças contra seu povo.

Portanto o modelo de plebiscito apressado defendido pelo governo e seus seguidores não pode ficar restrito a apenas questões eleitorais e oportunistas,conforme proposto pelos defensores em mensagem enviada ao congresso nacional no dia 02 de Julho de 2013. Resumir os anseios de um povo,o grito de alerta de milhões de brasileiros,aos homens e mulheres que tomaram as ruas,em um plebiscito com 5 questões puramente eleitorais,tais como:financiamento de campanha, sistema de votação, término dos suplentes no senado,voto secreto no parlamento e fim das coligações partidárias.É no mínimo uma ofensa,é não entender e o pior não atender as demandas que foram escancaradas pelas ruas de todas as cidades do país.

Nós do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta) sempre defendemos a reforma do sistema político e sindical da forma mais ampla e democrática possível, incluindo transparência,alternância nas direções sindicais e fortalecimento da democracia direta.Defendemos a necessidade das bandeiras da renovação,coragem e da luta no exercício de todas as formas de poder,pois entendemos que o comodismo e o distanciamento das demandas populares,afastou os trabalhadores dos seus sindicatos e a população das decisões políticas que envolvem a sua vida cotidiana,criando um enorme abismo entre a vida concreta do chão de fábrica e as decisões ou a ausência delas,que há muito tempo passou a ser tomada de forma isolada em amplos palácios e salas refrigeradas das presidências sindicais do nosso país.

O grande desafio de um governo popular que ajudamos a eleger,não é o de atender aos desejos das classes dominantes e dos representantes da direita na mídia e no congresso nacional.Mas sim lutar ao lado do seu povo,pois é chegada a hora da convocação de uma ampla agenda popular,para acelerar as reformas políticas e sindicais que estão paradas no congresso nacional,pois este momento talvez seja,a única e última oportunidade de reaproximar a classe trabalhadora e a maioria da população das decisões políticas e não apenas “arrumar a casa”,para os senhores feudais e donos do poder.

Reafirmamos que, para nós do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta),só faz sentido uma reforma política e sindical que resgate a soberania popular através do fortalecimento dos instrumentos de participação popular e democracia direta,através de eleições limpas para escolha dos nossos representantes.Queremos que a classe trabalhadora tenha o direito constitucional de participar das eleições e das decisões dos seus sindicatos,queremos a democratização dos seus estatutos,queremos um orçamento participativo para apontar os investimentos,queremos prestação de contas e transparência com nossos recursos,queremos um sindicato mais presente e atuante.E não apenas sermos tratados como massa de manobra,convocados simplesmente para balançar cabeças e bandeiras,chega de levantar as mãos e dizer amém,chega de participar de assembleias vazias que não decidem nada,chega de perseguições e demissões contra trabalhadores que pensam diferente,chega de gastar nossos recursos em campanhas eleitorais sem compromisso com nossa classe,são tantos "chegas" e tantas injustiças que não cabem neste texto.

Fiquem sabendo que o poder mudou de lado,hoje é da cidadania e não pode ser inteiramente delegado a representantes sem bases e sem compromissos com a classe trabalhadora,uma elite sindical que não aceita a vontade da maioria e o que é pior a impugna na calada da noite,saibam que depois deste "tsunami de manifestações" o poder passou para as mãos da maioria e a partir de agora deve ser exercido diretamente por cada um de nós,agora a bola é nossa!

Portanto estamos vigilantes e vamos continuar nas ruas mobilizando nossa categoria e a sociedade em geral para que sejam atores da história e juntos possamos incluir outras 5 questões no nosso plebiscito popular  como por exemplo:pela convocação de plebiscitos e referendos de inciativa popular,pela redução imediata da jornada de trabalho para 40 horas semanais,pela redução do número e dos salários dos deputados e senadores,pela formação de uma assembléia popular constituinte,por uma ampla reforma sindical que transforme as regras atuais com alternância de poder e que inclua a tão sofrida classe trabalhadora nas pautas importantes do nosso país.

Fonte:Trabalhadores da base