domingo, 28 de julho de 2013

CHAPA 2,CARTÃO VERMELHO CONTRA A DITADURA!

Nós,do Movimento Renovação Coragem e Luta,escolhemos esse nome juntamente com todos os trabalhadores e trabalhadoras,por percebermos tal crise de representatividade há alguns anos no Sindicato dos Químicos do ABC.Escolhemos essas três palavras nobres porque muito antes das manifestações que tomaram o país, nos convencemos de que nosso sindicato precisa renovar sua estrutura,seus quadros e sua prática diária imediatamente.

É preciso escutar os antigos e principalmente os novos trabalhadores e trabalhadoras,que ingressaram recentemente no mercado de trabalho,pois muitos deles estão conectados nas redes sociais,tais como facebbok,emails e blogs,pois estes novos trabalhadores e trabalhadoras certamente,estiveram presentes nas ruas,durante a "Copa das manifestações",que tomou nosso país em junho,carregando cartazes,megafones,microfones,câmeras,celulares  e cantando bem alto "Vem,vem,vem pra rua,vem!".

O Movimento Renovação,Coragem e Luta,ajudou a organizar e acompanhou toda a onda de protestos,chamada carinhosamente pelos estudantes e trabalhadores de "Copa das Manifestações",um verdadeiro tsunami que varreu o país e que, “de repente”, colocou em xeque as formas de representação cristalizadas na sociedade brasileira sejam eles partidos, sindicatos, parlamentos,governos e etc.Nas ruas das grandes cidades,centenas de milhares de jovens cidadãos,coisa nunca vista antes na história deste país,algo em torno de milhões de corações e mentes,mesmo sem unidade de propostas,sem liderança definida,naquilo que defendiam exatamente,mas seriamente convictos e coerentes sobre o que não querem mais,e tenham a certeza que está prática sindical e política são algumas delas.

Esses jovens estudantes e trabalhadores,e todas as outras pessoas que se juntaram a eles,não querem mais corrupção na política nacional,não aceitam mais mensalões e impunidades,não concordam com sindicalistas encastelados,não querem mais suas prioridades como saúde, educação, habitação, emprego e transporte públicos ignoradas pelos governantes.Enfim, não querem mais essa democracia indireta que lhes é concedida, essa participação difusa que só acontece nas eleições, periodicamente,onde políticos aparecem nas ruas e portas das fábricas dando tapinhas nas costas da peãozada e nunca mais retornam e o que é pior quando ligam para os gabinetes dos eleitos,pedem para a secretária dizer" Ele não está,pode deixar o recado,que entraremos em contato!". 

Foi nesse sentido que nós do  Movimento Renovação,Coragem e Luta,decidimos focar nossas propostas nas três palavras mágicas,lá atrás em 2011,já sabíamos que este caminho trilhado pela atual direção nos levaria para a inércia e a desmobilização da categoria,pois nunca acreditaram no resgate da identidade entre o sindicato e sua categoria sofrida,calejada,e que mudou para pior nos últimos anos,nós da oposição lutamos em nome de um sindicato verdadeiramente de luta,buscamos iniciativas de interesse geral dos trabalhadores químicos do ABC,queremos a realização de congressos representativos,com milhares de trabalhadores e trabalhadoras eleitas a luz do dia,queremos prestação de contas nas portas de fábricas,queremos eleições limpas,queremos a democratização do nosso estatuto,para possibilitar a participação direta dos mais de 42 mil trabalhadores e trabalhadoras químicas na próxima gestão sindical.

Repudiamos a atitude antidemocrática e ditatorial da atual direção que ao invés de lutar para garantir direitos aos homens e mulheres que ainda carregam marmitas em nossa categoria,respiram solventes,recebem salários de fome,vão de bicicleta ao trabalho para economizar migalhas e milhares de terceirizados que não recebem participação nos lucros em pleno ano de 2013,do alto de sua arrogância preferiu utilizar nossa aguerrida e tão sofrida categoria como massa de manobra durante o 11º Congresso dos químicos do ABC,para engessar nosso estatuto e avalizar as perseguições,agressões e as dezenas de demissões dos trabalhadores e trabalhadoras que lutam por renovação,coragem e luta no Grande ABC.

A vocês "donos do poder sindical" fiquem sabendo que esta luta,por renovação,coragem e luta se espalhou pela região,pelo país e pelo mundo,hoje são milhares de trabalhadores e trabalhadoras se levantando contra a pelegagem sindical,graças ao apoio e os comentários de incentivo dos 26 mil acessos em nosso blog,hoje somos cumprimentados nas ruas,nos shoppings,hoje somos referências nas lutas sindicais,hoje somos reconhecidos pela coragem e aplaudidos de pé nas portas das fábricas do Grande ABC.

E isso nos enche de orgulho e esperança,mesmo sendo covardemente retirados do processo eleitoral em 2011,mesmo sendo xingados de criminosos em nosso jornal,mesmo sendo processados por esta justiça de direita,mesmo tendo mais de 18 pais e mães de família desempregados por conta desta luta,mesmo não tendo dinheiro para por créditos no celular,ao lado da verdade e de Deus,alcançamos o imaginável,hoje temos não só crédito com a categoria,mas o respeito da classe trabalhadora,que constrói a riqueza no chão de fábrica,hoje podemos bater no peito e gritar bem alto..."Nossas lutas não foram em vão!".

"Os poderosos do sindicato podem bater,perseguir,demitir e expulsar uma, duas ou três guerreiras e guerreiros da oposição.Mas  jamais conseguirão deter a primavera da renovação,coragem e da luta no Grande ABC...

Fonte:Trabalhadores(as) da Base

quinta-feira, 18 de julho de 2013

CHAPA 2,SINDICATO É PRA LUTAR!


Por um sindicato verdadeiramente democrático!  

O Sindicato dos Químicos do ABC e o conjunto do movimento sindical brasileiro vive, nos dias de hoje, um  momento único da sua história, onde os trabalhadores são chamados a ocupar o lugar que de fato e de direito lhe pertence:o de ser o sujeito de sua própria vida e donos de seu próprio destino, ou seja, protagonistas na construção de um novo modelo de representação politica e sindical.

Nesse momento assistimos cair às máscaras daqueles que há anos não pisam mais no chão de fábrica e que protegidos por seguranças e mordomias se diziam representar os homens e mulheres que compõem a classe trabalhadora, aqueles que acreditaram que com dinheiro fácil comprariam os corações e as mentes de todos. Mas a casa caiu!e os milhares de trabalhadores e trabalhadoras que são diariamente massacrados nas fábricas,respirando solventes nas indústrias químicas, mendigando CATs, sendo humilhados por chefias e peritos do INSS,aguardando por uma ajuda que nunca chega,sem orientação jurídica digna,se cansaram,tomaram consciência e saíram as ruas, em gigantescas manifestações no campo e nas cidades, nos bairros e nas comunidades carentes de nosso país.

Enquanto a classe politica e os pelegos sindicais gastam milhões dos cofres do sindicato, usufruindo de carros,viagens internacionais,restaurantes e hotéis cinco estrelas a miséria, a fome e as doenças profissionais invadem a casa dos trabalhadores químicos do ABC,com a mesma brutalidade com que diariamente as forças policiais invandem os lares dos pais e mães de família em todo o país,espancando,torturando,matando e destruindo tudo que encontram pela frente.Levando terror,morte e violentando famílias nas periferias de nosso Brasil.

Até mesmo os serviços públicos essenciais ao dia a dia do povo,conquistados com muito sangue, suór e lágrimas pelos trabalhadores brasileiros ao longo de décadas de luta, são cinicamente usurpados e mercantilizados pelos governos e pelos patrões. Em pleno ano de 2013,ainda somos vitímas de uma política neoliberal a trabalho do capital, que mistura privatizações com sucateamento dos serviços,negando e muitas vezes negociando saúde, educação, transporte e moradia decente a milhões de trabalhadores brasileiros. Todos estes problemas misturados ao desprezo da classe politica, foi o estopim que mobilizou milhões de homens e mulheres nas ruas do nosso país.

Diante deste enorme desafio que se coloca defenderemos três princípios para nosso sindicato:

1)      Independência - Desenvolver uma prática sindical absolutamente independente frente aos patrões, aos partidos políticos, aos governos e ao estado. Um sindicato tem um único e só patrão: a categoria que ele representa. É inconveniente, inadequada e, mesmo, imoral a tal convivência amistosa e civilizada entre patrões e empregados. O nome disso é conivência. Não nos negamos, é claro, a ir à mesa de negociação, mas sempre conscientes do nosso papel de firmes e severos defensores dos interesses da classe trabalhadora.

2)       Autonomia - Desenvolver uma prática sindical absolutamente autônoma frente a quaisquer determinações político - partidárias. Consideramos legítima a atividade político-partidária fundada na ética e no socialismo, mas tomamos como princípio de nossa ação sindical que cabe somente à categoria decidir o que seu sindicato deve fazer – no curto, médio e longo prazo.

3)      Consciência de classe - Somos trabalhadores e nossa solidariedade primeira é com a classe trabalhadora, nosso primeiro compromisso, enquanto trabalhadores, é com aqueles que, como nós, são vítimas da exploração e opressão patronal. A responsabilidade social de formadores de consciências que pesa sobre nossos ombros não nos coloca à margem da classe trabalhadora brasileira, foi assim que nos constituímos em Oposição Sindical nos Químicos do ABC.

Estamos cientes do nosso papel na sociedade e na categoria química do ABC e assumimos publicamente nossos compromissos.Diferente dos atuais dirigentes sindicais que se dizem democráticos e utilizaram da estrutura paga com nosso suór no 11º Congresso da categoria para legitimar as demissões e iniciar um processo sumário de expulsão dos membros que defendem os ideais da renovação,coragem e da luta no Grande ABC.

"Os poderosos do sindicato podem bater,perseguir,demitir e expulsar uma, duas ou três guerreiras e guerreiros da oposição.Mas  jamais conseguirão deter a primavera da renovação,coragem e da luta no Grande ABC..."

Fonte:Renovação,Coragem e Luta

quarta-feira, 3 de julho de 2013

CHAPA 2,POR UM PLEBISCITO POPULAR!

"A internet e as redes sociais facultam ao povo a possibilidade de se auto convocar,sem a necessidade de líderes ou de sindicatos".

Arcebispo Dom Cláudio Hummes

O povão tomou as ruas para demonstrar o seu descontentamento com a forma que se faz política no Brasil. As grandes manifestações e seus cartazes ferozes colocaram em xeque o descaso com a saúde, educação,segurança pública e pelo fim da corrupção.Mas seu foco principal foi pela renovação do atual sistema político,seja ele municipal,estadual e nacional.Os trabalhadores e estudantes questionaram profundamente os poderes de representação política e o abuso do poder econômico nas eleições.Todo esse reboliço popular,nos revelaram o que já sabíamos,governantes precisam tomar banho de povo,pegar ônibus lotados em horário de pico,frequentar os corredores lotados do SUS,experimentar na pele a aprovação automática nas escolas e acima de tudo  a olhar e dar vós aos que até hoje nunca foram ouvidos,pois o gigante adormecido despertou do sono profundo e resolveu questionar as injustiças contra seu povo.

Portanto o modelo de plebiscito apressado defendido pelo governo e seus seguidores não pode ficar restrito a apenas questões eleitorais e oportunistas,conforme proposto pelos defensores em mensagem enviada ao congresso nacional no dia 02 de Julho de 2013. Resumir os anseios de um povo,o grito de alerta de milhões de brasileiros,aos homens e mulheres que tomaram as ruas,em um plebiscito com 5 questões puramente eleitorais,tais como:financiamento de campanha, sistema de votação, término dos suplentes no senado,voto secreto no parlamento e fim das coligações partidárias.É no mínimo uma ofensa,é não entender e o pior não atender as demandas que foram escancaradas pelas ruas de todas as cidades do país.

Nós do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta) sempre defendemos a reforma do sistema político e sindical da forma mais ampla e democrática possível, incluindo transparência,alternância nas direções sindicais e fortalecimento da democracia direta.Defendemos a necessidade das bandeiras da renovação,coragem e da luta no exercício de todas as formas de poder,pois entendemos que o comodismo e o distanciamento das demandas populares,afastou os trabalhadores dos seus sindicatos e a população das decisões políticas que envolvem a sua vida cotidiana,criando um enorme abismo entre a vida concreta do chão de fábrica e as decisões ou a ausência delas,que há muito tempo passou a ser tomada de forma isolada em amplos palácios e salas refrigeradas das presidências sindicais do nosso país.

O grande desafio de um governo popular que ajudamos a eleger,não é o de atender aos desejos das classes dominantes e dos representantes da direita na mídia e no congresso nacional.Mas sim lutar ao lado do seu povo,pois é chegada a hora da convocação de uma ampla agenda popular,para acelerar as reformas políticas e sindicais que estão paradas no congresso nacional,pois este momento talvez seja,a única e última oportunidade de reaproximar a classe trabalhadora e a maioria da população das decisões políticas e não apenas “arrumar a casa”,para os senhores feudais e donos do poder.

Reafirmamos que, para nós do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta),só faz sentido uma reforma política e sindical que resgate a soberania popular através do fortalecimento dos instrumentos de participação popular e democracia direta,através de eleições limpas para escolha dos nossos representantes.Queremos que a classe trabalhadora tenha o direito constitucional de participar das eleições e das decisões dos seus sindicatos,queremos a democratização dos seus estatutos,queremos um orçamento participativo para apontar os investimentos,queremos prestação de contas e transparência com nossos recursos,queremos um sindicato mais presente e atuante.E não apenas sermos tratados como massa de manobra,convocados simplesmente para balançar cabeças e bandeiras,chega de levantar as mãos e dizer amém,chega de participar de assembleias vazias que não decidem nada,chega de perseguições e demissões contra trabalhadores que pensam diferente,chega de gastar nossos recursos em campanhas eleitorais sem compromisso com nossa classe,são tantos "chegas" e tantas injustiças que não cabem neste texto.

Fiquem sabendo que o poder mudou de lado,hoje é da cidadania e não pode ser inteiramente delegado a representantes sem bases e sem compromissos com a classe trabalhadora,uma elite sindical que não aceita a vontade da maioria e o que é pior a impugna na calada da noite,saibam que depois deste "tsunami de manifestações" o poder passou para as mãos da maioria e a partir de agora deve ser exercido diretamente por cada um de nós,agora a bola é nossa!

Portanto estamos vigilantes e vamos continuar nas ruas mobilizando nossa categoria e a sociedade em geral para que sejam atores da história e juntos possamos incluir outras 5 questões no nosso plebiscito popular  como por exemplo:pela convocação de plebiscitos e referendos de inciativa popular,pela redução imediata da jornada de trabalho para 40 horas semanais,pela redução do número e dos salários dos deputados e senadores,pela formação de uma assembléia popular constituinte,por uma ampla reforma sindical que transforme as regras atuais com alternância de poder e que inclua a tão sofrida classe trabalhadora nas pautas importantes do nosso país.

Fonte:Trabalhadores da base