quinta-feira, 31 de maio de 2012

CHAPA 2,EM DEFESA DA RECICLAGEM!


Mutirão vai equipar e oferecer dignidade aos trabalhadores carroceiros no centro de São Paulo

O projeto 'Pimp My Carroça' quer transformar as carroças dos trabalhadores/catadores em obras de arte ambulantes.
A cidade de São Paulo recicla apenas 1,2% de todo o seu lixo, segundo dados da própria prefeitura. Mas a situação seria ainda mais preocupante se não existissem os trabalhadores /catadores de material reciclável, que circulam pela capital com carroças improvisadas com madeira e rodas de carro.

Eles são responsáveis por coletar cerca de 90% dos materiais reciclados na cidade. Ainda assim, são praticamente ignorados pelos paulistanos.“Os trabalhadores/carroceiros desempenham um papel importante para a cidade e poucas pessoas se dão conta disso. Eles são invísiveis”, diz Mundano, grafiteiro e idealizador do projeto Pimp My Carroça.“Eles só são notados quando atrapalham o trânsito e recebem buzinadas por isso”, conta.

O Pimp My Carroça,nasceu há cinco anos com o objetivo de aumentar a autoestima dos trabalhadores/catadores através da pintura de suas carroças. Além disso, “a carroça é um suporte perfeito porque ninguém pode apagar a mensagem do grafiteiro e, de quebra, a mensagem transita por toda a cidade”, explica Mundano.

Misturando arte com respeito pelos trabalhadores/carroceiros, este ano o projeto conta com a colaboração de 300 voluntários, reunidos no Vale do Anhangabaú, para transformar as carroças em um meio mais seguro de locomoção e suporte urbano para a arte de 50 grafiteiros.

A ação, que acontece no domingo 03/06, e integra a Virada Sustentável de São Paulo e irá munir as carroças com faixas refletivas, espelhos retrovisores e luvas,capas de chuva para os trabalhadores/catadores.

“A gente é contra a carroça e as condições precárias de trabalho dos carroceiros. Pintar carroça não é maquiar o problema, é escancarar”, diz Mundano, que já pintou mais de 160 carroças. “São Paulo não pode falar que não tem dinheiro para coleta seletiva, o que acontece são acordos mal feitos firmados com empresas que não respeitam o meio ambiente”, critica.

Visibilidade urbana

Segundo Mundano, o objetivo da ação no domingo é ter um dia em prol dos trabalhadores/catadores e convidar as pessoas para conhecer essa realidade. De acordo com ele, as atividades começarão com um cadastro dos trabalhadores/carroceiros, que depois serão encaminhados para as tendas de atendimento.

Ao todo serão onze tendas voltadas desde o atendimento médico e psicológico dos trabalhadores/catadores até o tramento de seus cachorros,debate sobre alcoolismo e drogas e a reforma de suas carroças. Na tenda PimpOlhos, por exemplo, será oferecido atendimento oftalmológico e óculos de grau ou de sol serão doados as crianças. Já na Cãopanheiro, as atenções serão direcionadas para o tratamento dos cachorros dos trabalhadores/carroceiros. Enquanto na Funilaria serão reforçadas as estruturas de madeiras e metais das carroças.

“É preciso prestar o cuidado mínimo com esses pofissionais e mostrar para os moradores da cidade que eles existem”, diz Mundano. Para ele, é tempo da ciadade encarar o lixo não como um problema, mas como uma solução. “O lixo é a solução para diversos problemas socio-ambientais. Por meio dele é possível gerar renda, empregos, tirar pessoas das ruas e poupar recursos naturais.”

Às 17 horas está programada uma carroceata pelo centro de São Paulo com 14 pontos de parada para informar o público sobre reciclagem e seus benefícios aos moradores e ao planeta.

A Virada Sustentável acontece nos dias 2 e 3 de junho de 2012 e conta com cerca de 600 atrações relacionadas à sustentabilidade, distribuídas em mais de 120 pontos da capital.A Chapa 2 (Renovação,Coragem e Luta),apóia esta iniciativa em defesa do nosso planeta e da dignidade humana.

Fonte:Carta Capital

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CHAPA 2,DIGA NÃO AS DROGAS!

Responsabilidade das empresas e dos sindicatos
SAÚDE DO TRABALHADOR: A SÍNDROME DE POPEYE DO USUÁRIO DE DROGAS NO AMBIENTE DE TRABALHO E SUAS CONSEQUÊNCIAS 
 
Em todos os seguimentos profissionais há tensões e dificuldades para serem superadas. O vigia encarregado de transportar valores num carro forte teme por sua vida diariamente, o pintor de fachadas das construtoras supera o medo da altura em um andaime, o gerente da fábrica é pressionado pela responsabilidade sobre as ações de outros trabalhadores que lidera, o policial supera o medo da morte súbita sob a ameaça do crime etc.

Por instinto, os trabalhadores desenvolvem mecanismos de defesa para continuar suas atividades, negam a si mesmo o real peso do que fazem, numa espécie de “anestesiamento psíquico” e com isso, conseguem enfrentar bandidos, escoltar valores e trabalhar em alturas imensas. O uso de drogas na vida dos trabalhadores surge quando não conseguem anestesiar o medo e o cansaço, não elaboram psiquicamente as dores de suportar o que vivem profissionalmente.

“De maneira errônea os caminhoneiros acreditam que suas dificuldades de cansaço no volante são supridas com o uso de cocaína,crack,anfetaminas e comprimidos, bem como os cobradores nas empresas de transporte atravessam madrugadas sem dormirem em suas jornadas desgastantes de trabalho,misturando coquetéis para aliviar a sono”

Em diversos atendimentos que fiz, os trabalhadores relatam que se drogavam por um “beneficio até profissional” - que suas habilidades aumentavam e conseguiam lidar melhor com as dores profissionais.

O uso de drogas com intuito de se fortalecer e descrito como “síndrome de Popeye”. O personagem marinheiro do antigo desenho animado conta com o espinafre para tornar-se mais especial, mais forte, assim agem os trabalhadores de diversas áreas em relação às drogas até desenvolverem dificuldades de saúde física e mental.

Com o decorrer do uso de drogas o trabalhador agride sua capacidade laboral, e as relações vão se deteriorando em todos os grupos sociais os quais ele interage. A família, os colegas e o ambiente de trabalho, nenhum deles se salva diante das mazelas provocadas pelo uso das drogas que geram uma inversão de valores e deturpação do caráter.

“De maneira sistêmica o uso abusivo de drogas atinge toda a família do trabalhador e a empresa em que ele trabalha,é aí que entra a responsabilidade social das empresas e dos sindicatos.”

Nenhum dos pacientes que atendi usava drogas e álcool para se sentirem piores, eles simplesmente são induzidos pelo prazer e por supostos benefícios. No momento em que o prazer se torna uma necessidade, a dependência se instala, nestes casos, cabe a nós profissionais da saúde, governo, lideranças sindicais e empresariais, desenvolver programas de prevenção e tratamento a estas pessoas adoecidas, que acredito que não escolheram o infortúnio de ser dependente de drogas.

Escrito por Dr. Wilson Silva
Departamento de Psicologia Social e do Trabalho USP

quinta-feira, 17 de maio de 2012

CHAPA 2,POR UM ECO-SINDICALISMO !


Por um novo sindicalismo,somos renovação,coragem e luta!
Por uma nova política sindical para gerações atuais e futuras,sustentabilidade já!

Temos um grande desafio para viver no planeta com mais qualidade de vida. Consumir, mas sem consumir o nosso planeta. Para isso temos que alterar velhos hábitos, mudar o padrão de consumo e modificar alguns valores. Consumir de forma diferente, uma nova prática de consumo e de bem viver.

Há pouco tempo, fumar era moderno, usar o cinto de segurança desnecessário e beber e dirigir não trazia perigo, portanto, adquirir outros hábitos de consumo também é possível.
O Sistema Econômico mundial revigora-se a partir do consumo. Consumir é o ato mais importante do sistema econômico mundial. Inovar, atualizar e introduzir novos atos de consumo no dia a dia das pessoas é a grande valia do capital.

O consumo produz uma corrida de desejos e a publicidade na sociedade de consumo é a lâmpada do gênio. Basta esfregá-la que seu desejo será realizado, “o sonho se torna real”. A publicidade abre os caminhos dos desejos, para o consumo do extraordinário que logo se torna necessário, indispensável, permanente e para logo em seguida, fechando o ciclo, se fazer obsoleto e descartável. 

Os automóveis e seus assessórios, vidros elétricos, direção hidráulica, cambio seqüencial, rádio-CD-dvd. O telefone celular que faz de tudo e até fala. Os cosméticos de beleza, da cor, da embalagem e dos aromas naturais. As refeições rápidas, fastfood, enlatados, instantâneos e congelados. As roupas de tendência e seus desfiles triunfantes. Os equipamentos esportivos dos super atletas. As televisões de plasma, LCD e digital. Os computadores rápidos, super rápidos, pequenos, eficientes, super finos e muito leves. O consumo do plano de saúde privado. Os remédios para eternidade, cirurgias plásticas e exames ultra sofisticados. As viagens no mundo da CVC, cruzeiros marítimos e até viagens para a lua. Os desejos na lâmpada mágica da publicidade.

E assim caminha a humanidade. Os sindicatos aumentam os salários e os trabalhadores consomem mais, os empresários criam novos produtos, geram mais consumo e aumentam o lucro, os governos tributam o consumo e o devolvem em subsídios. Uma sociedade voltada e organizada pelo ato de consumir. O ciclo do crescer por crescer renovado e fortalecido.A natureza contra ataca com enchentes, furacões, tornados, tisumani e terremotos. Os trabalhadores são os primeiros a perderem suas casas. Os capitalistas oferecem empregos indecentemente verdes. Os governos traçam metas para a diminuição de carbono e os capitalistas inventam a moeda de carbono para ganhar mais dinheiro. Ou seja, o sistema capitalista de alto consumo não para e permanece em ritmo crescente na busca do maior lucro.

Em cada prognóstico o tempo da destruição diminui e a alienação da maioria aumenta. 
Somos parte viva da rede capitalista do consumo, encantados e dominados pela lâmpada mágica da publicidade e precisamos repensar nossos hábitos de consumo.Modificar o meu hábito de consumo é importante, mas é o nosso hábito de consumo que poderá fazer a diferença e revolucionar as relações na sociedade.

A nossa proposta é muito simples. Continuar consumindo, mas de forma diferente. Organizar nossos gastos para mudar o nosso hábito de consumo. Agir com força e determinação na estrutura sindical, em nossa base, com nossos colegas e na sociedade.Este pode ser um dos caminhos. Entender o processo de alienação e mobilizar para mudar aos poucos os pequenos hábitos de consumo individual e/ou coletivo. Enfrentar a ideologia do consumismo e enraizar nas próximas gerações outra cultura. Outro mundo é possível e os sindicalistas precisam fazer a diferença.Uma nova realidade. Modificar o consumo para modificar a sociedade e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Os sindicalistas em REDES pelo futuro do planeta, dez passos pra frente!

1-) Criar Coletivos de Sustentabilidade na estrutura dos sindicatos;
2-) Substituir os fornecedores tradicionais do sindicato por fornecedores organizados em rede da economia solidária e da agricultura familiar de base ecológica;
3-) Procurar adotar práticas ecológicas na estrutura física do Sindicato e nas relações entre seus servidores;
4-) Realizar curso de formação sindical com ênfase na sensibilização e mobilização para outro padrão de consumo;
5-) Apoiar e participar do movimento de luta contra a destruição do planeta. Fortalecer o movimento ambientalista;  
6-) Negociar na data base alterações de práticas poluidoras nas instituições patronais;
7-) Denunciar na categoria e sociedade as práticas ambientais que trazem riscos ao meio ambiente;   
8-) Apoiar as iniciativas de boas práticas ambientais.
9-) Divulgar na sociedade os nomes dos políticos e empresas poluidoras;  
10-)Incluir nos cursos de CIPA o tema da saúde ambiental para vida dos trabalhadores e gerações futuras.

Caminhantes, não há caminhos, o caminho se faz caminhando,somos lutadores,somos Chapa 2!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

CHAPA 2,VIVA A ABOLIÇÃO!

13 de maio: A abolição inacabada


Para o coletivo nacional de combate ao racismo essa data não pode mais passar em branco, sem qualquer preconceito em relação aos trabalhadores e trabalhadoras de cor branca.Sob o ponto de vista dos negros e negras do Brasil, a abolição só poderá estar completa quando forem reconhecidos todos os nossos direitos, tal como o   direito à terras das comunidades tradicionais quilombolas, uma das marcas vivas do processo de exclusão de milhares de brasileiros que ajudaram a construir a riqueza do país. 
É preciso lembrar que a Lei Áurea, com seus dois singelos artigos, foi aprovada por um 
parlamento de maioria republicana e conservadora, encarregada de manter a lei enxuta,bem ao gosto dos ricos proprietários de terras, sem qualquer menção a indenizações e direitos para os escravos libertos.

Art. 1.º É declarada extincta a escravidão no Brazil.
Art. 2.º: Revogam-se as disposições em contrário.

Conheça a história do 13 de maio de 1888:

O fim da escravidão foi o resultado de uma transição lenta (Lei do Ventre Livre, Lei do Sexagenário e outras) e, ao mesmo tempo, um processo de  embranquecimento  do trabalho com a chegada centenas de milhares de imigrantes pobres vindos da Europa para substituir os libertos nas fazendas de café e do trabalho braçal urbano em pequenas oficinas e no comércio, consolidando a construção de uma sociedade desigual, racista e excludente.

Sabemos bem que a economia baseada no trabalho escravo foi universal na America colonial, 
que Inglaterra, França, Holanda, Portugal e Espanha trouxeram milhões de cativos
africanos além de incentivarem o aumento de natalidade entre os escravos africanos.

Mas o processo de abolição da escravatura teve características diferenciadas. Os libertos nos 
Estados Unidos, por exemplo, receberam equipamentos,  instrumentos de trabalho e um acre
de terra para produzir o seu próprio sustento.  No Brasil, os libertos foram simplesmente
expulsos das propriedades da qual faziam parte para a busca de um recomeço, que pode
ser caracterizado como uma segunda “diáspora”, agora dentro do mesmo território.

É preciso reafirmar que a abolição não foi uma conquista, mas o início de uma nova luta, tanto
pela ausência de direitos quanto pelo recrudescimento do racismo. A ideia de que qualquer negro 
poderia ter o direito de ser um cidadão brasileiro provocou grande revolta entre os ex- senhores 
de escravos. Surgiu então a ideia de que o negro deveria ser colocado no seu lugar, ou seja:
como cidadão de segunda classe.

Porém, apesar de toda resistência da população negra, foi preciso 155 longos anos até a 
aprovação de um decreto destinado a regulamentar a titulação dos territórios quilombolas
(Decreto 4.887/2003) e política de cotas raciais e outros direitos fundamentais para a população negra.Mas a luta continua. Agora temos pela frente outra Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de autoria do DEM. Parece que os Democratas são a encarnação do velho Partido Republicano,pois questiona tanto o princípio do autorreconhecimento para identificação de quilombolas e a autonomia das comunidades para delimitar seu território quanto à previsão de pagamento de indenizações a ocupantes não quilombolas.

O dia da abolição não é uma data comemorativa, mas é uma oportunidade de lembrar à sociedade o que não foi escrito e deveria estar na lei da abolição: o nosso direito á educação, cultura, moradia e saúde com independência financeira. O direito de viver com dignidade.

Esse 13 de maio não passará em branco, devemos transforma-lo no dia da solidariedade com todos os trabalhadores e trabalhadoras que lutam por esses direitos e, particularmente, com as populações tradicionais dos quilombos que exigem o  direito à propriedade dos territórios em que vivem a mais de um século.

Fonte: CUT Nacional
Artigo da secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Julia Nogueira

domingo, 13 de maio de 2012

CHAPA 2,HOMENAGEM AS MÃES!

Nossa homenagem a todas as mães,em nome da companheira Maria da Chapa 2
A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Reia, a Mãe dos deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Em  Portugal, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de Maio, embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição.
Em Israel o Dia da Mãe deixou de ser celebrado, passando a existir o Dia da Família em Fevereiro.
No Brasil é comemorado no segundo domingo do mês de maio. E considerada uma data que move muito o comércio brasileiro,mas sabemos que é preciso valorizar a família,é uma data de muita confraternização.
"Uma mãe é capaz de ensinar mais do que centenas professores.,Mãe é o simbolo do amor,o puro amor"

A Chapa 2 deseja a todas as mães muitas felicidades e muitas alegrias no futuro que virá,para melhoria de nossa categoria química do ABC.

terça-feira, 8 de maio de 2012

CHAPA 2,PRECARIZAÇÃO NÃO!


Rubens candidato da Chapa 2,na porta da Colgate Palmolive

Audiência reforça relação entre terceirização e acidentes de trabalho

Os representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) informaram hoje (23), durante audiência pública no Senado, que 3,8 milhões de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil entre 2005 e 2010 mataram 16,5 mil pessoas e incapacitaram outras 74,7 mil. O Fórum Sindical dos Trabalhadores acrescentou que quatro em cada cinco funcionários acidentados são terceirizados. 
Para as entidades presentes ao debate convocado pela Comissão de Direitos Humanos em virtude do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, no próximo sábado (28), é preciso melhorar o treinamento da mão de obra ligada à terceirização. “Lei não falta. O que falta é investimento e comprometimento”, afirmou o coordenador nacional do Fórum Sindical dos Trabalhadores, José Augusto da Silva Filho.

Já a presidenta do sindicato de auditores, Rosângela Silva Rassy, apontou que há um “definhamento” da inspeção do trabalho, com 3.025 funcionários para mais de sete milhões de empresas. O não fornecimento de equipamento individual de segurança e a remuneração por produção, induzindo ao trabalho excessivo, são dois dos fatores que levam a acidentes.
O Ministério do Trabalho e Emprego afirma que um acordo de cooperação com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciado em 2008, resultou em 1.250 ações judiciais em torno do problema, com expectativa de indenizações em R$ 200 milhões. Nestes casos, a Previdência cobra do empregador os valores pagos em benefício aos trabalhadores incapacitados. “A medida tem caráter punitivo e pedagógico e visa à concretização da política pública de prevenção de acidentes do trabalho”, afirmou a secretária de Inspeção do Trabalho, Vera Albuquerque.

Para a juíza Noêmia Garcia Porto, representante da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), é preciso ampliar as políticas preventivas tendo em vista que hoje as empresas querem não apenas o tempo do trabalhador, mas “a alma”. Ela ressaltou que, para evitar o acionamento do Judiciário, existe a necessidade de garantir um ambiente saudável e protegido de trabalho. A magistrada indicou ainda que os problemas atuais, ainda que graves, mostram apenas a situação dos formalizados, havendo questões piores a serem resolvidas entre os que estão “invisíveis”, ou seja, na informalidade.

Fonte:Rede Brasil Atual