Primeiro de Maio é dia de luta e de ação coletiva e não de shows,sorteios e ação individual!
Cresce a ofensiva do grande capital para aumentar a exploração sobre a classe trabalhadora. Para proteger grandes fortunas e garantir altos lucros ao sistema financeiro e às multinacionais, os governos baixam pacotes que só pioram as condições de vida, retiram direitos sociais, pioram os serviços públicos e aumentam a destruição ambiental.
Na Europa, centro da crise econômica internacional, os trabalhadores, a juventude e os movimentos populares realizam grandes jornadas de lutas, deixando claro que a classe trabalhadora não deve pagar pela crise gerada pela lógica perversa do capital.
No Brasil, o governo federal destina bilhões a bancos e grandes empresas à custa do sucateamento da educação, saúde e previdência. A diminuição do desemprego vem acompanhada de atividades precárias,terceirização arrochos salariais e diversos projetos de lei que objetivam, principalmente, ampliar os lucros dos empresários. Banco de horas e o aumento das terceirizações, assim como a reforma da Previdência e o ACE (Acordo Coletivo Especial), que subtraem dos trabalhadores direitos garantidos pela Constituição Federal. No campo, pequenos agricultores e comunidades tradicionais lutam contra o avanço do agronegócio.
O impacto destas medidas sobre a saúde e a vida dos trabalhadores é incalculável: maior competitividade, individualismo e altos níveis de adoecimento e mortes em função do trabalho precário.Por tudo isso, o Dia do Trabalhador, 1º de Maio,não é dia de festa,não é dia de shows sertanejos,não é dia de distribuição de carros e apartamentos.Mas sim é um dia de protestar contra a retirada de direitos, do desmonte dos serviços públicos e para incentivar e fazer crescer a organização e a luta da classe trabalhadora.
História do 1º Maio:
A história do Dia do Trabalhador tem início no ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio daquele ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. A mobilização cresceu e deu início a uma grande greve geral nos Estados Unidos.
Durante a greve, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores e ocorreram então outros enfrentamentos com policiais. Em um dos conflitos, policiais começaram a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze trabalhadores e dezenas de feridos.Vários trabalhadores foram presos, e oito líderes condenados: cinco à morte na forca, dois à prisão perpétua e outro há quinze anos de prisão.