sexta-feira, 29 de março de 2013

CHAPA 2,APÓIA A MARCHA DO DIA 24/04


Cresce a mobilização para a Marcha do dia 24 de abril

Mais de 30 entidades nacionais e 20 organizações estaduais e vários movimentos sociais confirmam participação na marcha,muito mais de 50 organizações, entre entidades nacionais, estaduais e movimentos sociais, confirmaram participação na grande Marcha do dia 24 de abril, que será realizada em Brasília. A expectativa é que a atividade seja ainda maior que a realizada em 2012, inclusive com maior representatividade e participação de trabalhadores de outros estados. O ANDES-SN reafirmou o compromisso durante o 32º Congresso do Sindicato Nacional, realizado no início de março no Rio de Janeiro, e intensificou os esforços para a marcha a partir do evento. 

“O ANDES-SN coloca como prioridade a organização e participação na Marcha do dia 24 de abril, que está sendo articulada pelo Espaço Unidade de Ação em um momento de ataques à classe trabalhadora como a reforma sindical, Lei de Greve, Acordo Coletivo Especial (ACE), entre outros”, destaca a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira. Ela ressalta ainda a importância de se obter número expressivo de participantes no dia 24 de abril, para mostrar ao Governo a reação das categorias e demais movimentos contra os direitos dos trabalhadores. 

A presidente conta ainda que o ANDES-SN, por meio das Seções Sindicais e das Secretarias Regionais, está organizando em cada estado a mobilização para o dia 24 de abril. “Estamos empenhados em fortalecer a unidade da classe trabalhadora. O ano de 2013 será de grandes mobilizações e reações a qualquer forma de retirada de direitos dos trabalhadores e vamos iniciar as atividades com uma grande marcha a Brasília unindo todos os setores da classe trabalhadora, estudantes e movimentos populares”, afirma. 

Para a coordenação da CSP-Conlutas,a Marcha é importante visto que possibilitará a junção de forças na defesa de bandeiras comuns e na construção de um polo de resistência que, segundo eles, é primordial. “O processo que estamos construindo tem uma capacidade de aglutinação que vai além da CSP-Conlutas. É importante que todos os sindicatos participem independente de centrais sindicais e filiações políticas. Todos que quiserem lutar são bem vindos e estão convidados para compor a unidade na luta”.

A coordenação esclarece ainda que a marcha não se resume ao dia 24. “Há todo um processo que prevê a realização de plenárias nos estados, juntando as entidades e agitando a base de todas as fábricas do Brasil, que antecede à Marcha. A mobilização em Brasília acontecerá para dar continuidade aos trabalhos e demandas”, explica. 

Espaço de Unidade de Ação:

Segundo a coordenação da Marcha, na última reunião do Espaço de Unidade de Ação, realizada dia 19 de março na Condsef, movimentos do campo, que lutam pela reforma agrária, também aderiram à Marcha. Outras cinco confederações nacionais, além da CNTA que havia firmado compromisso anteriormente, também confirmaram presença. “Há uma mobilização importante dos sindicatos e movimentos de todo o país para potencializar o envio de delegações a Brasília no dia 24, que resulta em um processo de agregação muito significativo”, concluiram os organizadores. 

Todos de braços dados na defesa dos nossos direitos:

Além do ANDES-SN, participaram do encontro a CSP-Conlutas,CNTA, MST, Condsef, CPERS, FNTIG, Fenasps, Fasubra, Sinasefe, Cobap, Sepe-RJ, Intersindical, entre outras. Segundo os organizadores da corrente“A CUT Pode Mais" a atual direção da central esta buscando de todas as formas impedir a participação dos trabalhadores que compõe este importante coletivo de resistência dentro da central.Mas apesar de tudo iremos juntos e mobilizados para Brasília,reafirmando em nota o apoio a esta luta.Segundo a coordenação do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta) do ABC,nosso coletivo esta de acordo com a pauta apresentada e apesar das nossas dificuldades financeiras, também marcaremos presença neste importante ato no dia 24 de Abril de 2013,reafirmou Marcio Vital.Também esteve presente uma representação de federações e movimentos de luta pela terra do DF e Entorno e o movimento Resistência Urbana e Camponesa do Piauí.

A concentração para a marcha está prevista para o espaço em frente ao Ginásio de Esportes Nilson Nelson, com chegada das caravanas marcada para 7h. A próxima reunião foi agendada para dia 2 de abril, às 10h, na sede da Condsef.

"Se não lutas, pelo menos tenha a decência de respeitar os que o fazem” 
(José Martí)

quarta-feira, 27 de março de 2013

CHAPA 2,DIREITO AS DOMÉSTICAS!

Direitos trabalhistas para as nossas queridas domésticas...

A aprovação, pelo Senado, da Proposta de Emenda Constitucional 66, a chamada PEC das Domésticas, amplia as garantias trabalhistas para a categoria que é formada em sua maioria (mais de 90%) por mulheres negras. A proposta será promulgada na próxima terça-feira (2). A PEC revoga o parágrafo único do artigo 7º da Constituição de 1988, dispositivo que enumerava direitos dos trabalhadores domésticos, mas que, na prática, retirava deles as garantias das outras categorias.

“Essa exceção, na época da promulgação da Constituição, já foi errada. Porque o empregado doméstico sempre foi um trabalhador como outro qualquer, que merecia todos os direitos de outros”, diz o professor Paulo Eduardo Vieira de Oliveira, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). “Nunca entendi essa exceção assegurando-lhes apenas alguns direitos. Isso é um resquício do tempo em que a trabalhadora doméstica era uma escrava que ficava dentro de casa, tinha obrigação de fazer tudo e estar à disposição do empregador o tempo todo sem receber por isso”, lembra Oliveira, que é também juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região.

A PEC 66, ao revogar o parágrafo único do artigo 7° da Constituição, se acordo com o professor e magistrado, “apenas corrigiu um equívoco de 1988, e coloca essa categoria no mesmo patamar dos demais, como sempre deveria ter sido”. Para a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da proposta no Senado, a aprovação da PEC 66 pelo parlamento “responde à necessidade de modernização da sociedade brasileira, principalmente para garantir o direito dos que precisam dos direitos: quase 8 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil”.

Direitos conquistados:

A partir da emenda constitucional, empregadas, jardineiros, motoristas, cuidadores, babás, cozinheiros, entre outros, terão os seguintes direitos, que passam a vigorar e estão assegurados imediatamente a partir da promulgação do texto: garantia de salário, nunca inferior ao mínimo; proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; duração do trabalho não deve ser superior a oito horas diárias e 44 semanais; hora extra de no mínimo 50%; redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; proibição de qualquer discriminação relativa a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos; proibição de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.

Sete outras garantias dependem de regulamentação: relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa; seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; auxílio-creche gratuito aos filhos e dependentes até 5 anos de idade; seguro contra acidentes de trabalho.

Segundo o advogado Claudio Pires Ferreira, consultor jurídico do Movimento de Donas de Casa e Consumidores do Rio Grande do Sul e conselheiro dos Procons de Porto Alegre e do estado, um dos dilemas imediatos trazidos pela PEC diz respeito ao início da vigência de aspectos que implicam em questões financeiras. “Um exemplo é a empregada que já tem um contrato de trabalho há muito tempo, digamos dois anos. A nova legislação gera efeitos nesses contratos, claro, mas não que o empregador vá ter de pagar o FGTS, por exemplo, retroativamente. Ele passa a recolher a partir de agora, a partir da data de promulgação da PEC”, explica.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o trabalhador doméstico que estiver em residência sem algum dos direitos previstos na lei deve procurar as superintendências, gerências ou agências regionais para encaminhar denúncia ao plantão fiscal.

A denúncia será atendida por um auditor fiscal do trabalho. “O que vai definir que a responsável pela fiscalização do trabalho doméstico é a inspeção do trabalho será a ratificação da Convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho”, diz o ministério. No Brasil, o domicílio é inviolável, de acordo com a Constituição. Sendo assim, a inspeção não poderá entrar nas casas para fazer a fiscalização.

Fonte:Brasil Atual Por:Edurado Maretti e Alessandra Goes Alves

segunda-feira, 25 de março de 2013

CHAPA 2,SUSTENTABILIDADE JÁ!


Da Eco 92 ao Eco Sindicalismo...

Em julho de 1972, aconteceu na Suécia, a Conferência de Estocolmo que viria a acrescentar, definitivamente, o tema “ecologia” nas questões prioritárias da Organização das Nações Unidas. A Conferência foi um marco para as discussões sobre a relação entre meio ambiente e desenvolvimento produtivo e os trabalhadores. 

Na esteira destas discussões foi lançado em 1987 o Relatório Brundtland, intitulado “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), no qual se cunhou o termo desenvolvimento sustentável como o “desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.O documento apresentava uma visão crítica do modelo capitalista de desenvolvimento ressaltando a incompatibilidade entre a sustentação ambiental e os padrões de produção e consumo vigentes. Mais tarde estas questões seriam tratadas na Agenda 21 e incluídas no capítulo 29,sobre a participação dos sindicatos nesta questão. 

Àquela altura a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente já estava sendo preparada e em dezembro de 1988 o Embaixador Paulo Nogueira Batista, representante permanente  junto às Nações Unidas, fez um discurso histórico na Segunda Comissão da Assembleia Geral, no qual ofereceu o Brasil para ser a sede da Conferência de 1992. A possibilidade de um país emergente sediar o evento causou impacto e encontrou resistência nos países capitalistas mais desenvolvido, como Suécia EUA e Canadá. 

Mas, a despeito das divergências, a Conferência foi realizada no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho em 1992, sendo também conhecida como a ECO-92. Foi um grande evento, com representação de 175 países e ONGs, que teve como resultados os princípios da Convenção sobre Diversidade Biológica, da Convenção sobre Mudança do Clima, a Agenda 21, além do estabelecimento da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e a Declaração dos Princípios da Floresta e dos povos indígenas.

Diferente da Conferência de Estocolmo, a Eco 92 foi marcada pela presença maciça de Chefes de Estado e por um encontro paralelo no Aterro do Flamengo organizado por entidades civis e de diversos movimentos sociais. Aquele encontro foi um sinal dos novos tempos, nos quais a sociedade civil e a questão ambiental ganhavam peso.

O encontro paralelo semeou um novo padrão de negociação nos âmbitos governamentais e empresariais, impondo a integração da sociedade civil, através dos seus grupos principais: mulheres, trabalhadores,sindicatos,intelectuais,movimento negro,de povos nativos, jovens,adolescentes e crianças, nos processos de uma nova geração.Pelo mundo afora várias manifestações aconteciam contra o encontro da Organização Mundial do Comércio,em Seattle, 1999.Todos estes eventos construídos pelas mãos dos trabalhadores(as) e da sociedade civil inauguraram um novo milênio,em defesa de um sindicalismo interligado ao meio ambiente.Entre os 20 anos que separaram a Conferência de Estocolmo e a Eco 92,houve uma deturpação e ou depuração muito grande do tema, e hoje não há solução sem o conceito dos três pilares da sustentabilidade:social, ambiental e o econômico.

As lutas socioambientais e as mobilizações contra o neoliberalismo dominaram a década de 1990.Muitas manifestações foram conduzidas pelo nosso Sindicato dos Químicos do ABC,em conjunto com o MDV (Movimento em defesa da vida),UMES e outras entidades da sociedade civil,como os casos em defesa da Represa Billings,vários atos despejaram peixes mortos na Cetesb,Fiesp e em outros órgãos para chamar a atenção dos responsáveis sobre a morte de nossa represa,engajamos os trabalhadores e os estudantes nas lutas contra a poluição do ar pelas indústrias do Pólo e de pneus Firestone e Pirelli,contra a contaminação dos solos pelas industrias Matarazzo e Cofad e tantas outras.

Com todas as grande mobilização da sociedade civil nos anos 90,quem ganhou foi a sociedade como um todo,através de nossas lutas conseguimos inúmeros avanços:implantação de processos de controle de poluição,respeito pelas empresas ao meio ambiente,implantação dos valores e princípios da sustentabilidade em todo o processo produtivo,consórcio intermunicipal,aprovação de uma lei em defesa da Represa Billings,e em nível mundial a constituição do 1º Fórum Social Mundial,na cidade de Porto Alegre, 2001,a implantação da Agenda 21,que trouxe a palavra responsabilidade social ao dia a dia do chão de fábrica,sabemos que ainda não é o bastante.E acreditamos em um novo tempo,acreditamos na sustentabilidade e no equilíbrio dos seus três pilares:social, ambiental e o econômico,e em uma nova ferramenta de participação para as futuras gerações,chamada de Eco sindicalismo.

quinta-feira, 21 de março de 2013

CHAPA 2,RACISMO NÃO!


Dia 21 de Março – Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

Alguns meses em nosso calendário merecem ser destacados em função das datas em que neles são comemoradas, mas um deles: o mês de Março é especial em função da relevância de algumas datas que são comemoradas,onde através de muitas lutas e onde muitos companheiros(as) tiveram que tombar,comemoramos:

Já no inicío do mês o destaque vai para o Dia 8 de Março – Dia internacional das mulheres, a luta e a organização das mulheres em todo o mundo assegurou que neste dia, nossas bravas guerreiras tivessem um dia dedicado a elas por toda a luta, mobilização e garra para assegurar igualdade de direitos e de oportunidades entre homens e mulheres.

Neste ano de 2013, mais um marco para este mês, a vitória das trabalhadoras e trabalhadores domésticos na primeira votação no Senado Federal para correção de uma injustiça contra estas trabalhadoras/es, a equiparação de direitos que já foram garantidos aos demais trabalhadores/as.

Mas é também no mês de março que referenciamos o dia 21, como aquele dia para homenagearmos e reverenciarmos os mártires na luta contra o racismo em todo o mundo. Mas no Brasil também comemoramos neste dia a criação da SEPIR (Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial) e também da promulgação da Lei 10.639/2003 (que institui o ensino da cultura e da história da África na grade curricular das escolas), que neste  21 de março comemoram 10 (dez) anos de existência e que sem dúvida alguma, tanto a criação da SEPIR como a Lei têm tido papel fundamental no combate ao racismo no Brasil.

No dia 21 de março de 1960, ocorreu um grande massacre na África do Sul , na cidade Johanesburgo, quando sulafricanos negros protestaram contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação  para poderem circular em seu próprio país. No Bairro Shaperville foram barrados por tropas do exército que atirou contra população desarmada , causando 69 mortes.

Em 1976 após muita pressão dos movimentos de luta contra o racismo do mundo inteiro, a ONU instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial ao condenar o regime racista da Africa do Sul, que só teve fim em 1994 com a chegada de Nelson Mandela ao poder.

Este dia para os negros brasileiros – e certamente também para nossos irmãos da África do Sul – permanecerá sendo um dia de luta contra o luto uma vez que ainda está longe o dia em que no Brasil (e no mundo) o racismo deixe de promover vitimas. Apesar disso a nossa luta tem demonstrado que dia a dia acumulamos vitórias, promovemos a diminuição do racismo e da discriminação racial. Muitos passos foram dados, mas muitos ainda restam!

Esta data chama a todos que lutam contra o racismo a ocupar espaços, trabalhar pela unidade dos diversos movimentos que lutam a favor do negro, pelo empoderamento das suas lideranças, denunciar cotidianamente o racismo, promover a igualdade racial na educação, no trabalho, nos espaços de poder e na mídia: são estas as tarefas principais colocadas diante de nós pela conjuntura atual.

No Brasil o racismo se apresenta de forma velada ou não, contra judeus, árabes, indígenas,ciganos, mas principalmente contra os negros. Mesmo compondo mais da metade da população do país essa grande maioria negra sofre intensa discriminação racial dos poderes culturais, políticos e econômicos do país compostos basicamente de brasileiros brancos. Assim, embora sendo maioria, os negros são perseguidos como se minoria fossem sendo-lhes vedado o acesso a melhores níveis de vida, educação, assistência médica de qualidade e cargos de poder.

Sabemos que a melhora das condições de vida da população negra se deu não apenas devido às políticas públicas, mas como resultado da organização e da mobilização do movimento negro, do movimento sindical e o crescimento da consciência racial do nosso povo.

Esse crescimento e amadurecimento permitiu que chegássemos a um momento muito especial de nossa história. Os negros brasileiros têm muito a comemorar em 21 de Março de 2013. Não esqueçamos, contudo, que muito ainda precisa ser conquistado. Nossos jovens ainda sofrem com a violência policial, o desemprego e a falta de escolas afligem principalmente a população negra.  Continuamos sendo as principais vítimas da falta de atendimento à saúde, somos os que têm as maiores jornadas e os nossos salários se mantém inferiores ao dos brancos que realizam as mesmas atividades. A representação política segue inferior ao nosso peso social e as manifestações religiosas e culturais de matriz africana seguem criminalizadas, desprezadas e deturpadas pelo poder instituído e pela mídia.

Fonte:Federação Única dos Petroleiros

segunda-feira, 11 de março de 2013

CHAPA 2,INFORME A CATEGORIA!


O governo federal está costurando o início de uma reforma no sistema de financiamento dos sindicatos no Brasil. O Palácio do Planalto dará o primeiro passo no sentido de tornar realidade um sonho antigo do PT e bandeira histórica da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – a troca do imposto sindical por uma taxa negociada por cada sindicato com sua categoria.

Na mesa da presidente Dilma Rousseff,está um projeto que regulamenta a profissão de comerciário, que deve ser sancionado nos próximos dias. No meio do texto está inserida a criação desta nova "taxa negocial", que poderá ser cobrada por cada sindicato no valor de até 1% do salário por mês.

Neste primeiro passo, o governo vai manter o imposto sindical, cobrado de todos os trabalhadores com carteira assinada no País desde 1943, e a nova taxa negocial será criada como uma contribuição adicional. No futuro, o governo pode promover a troca do imposto pela taxa negocial.

Em reunião na semana passada no Planalto com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria geral da Presidência, seu adjunto para questões sindicais, José Lopez Feijóo, e o ministro do Trabalho, Brizola Neto, Dilma chegou a demonstrar preocupação com o fato de a nova taxa representar um gasto extra para os trabalhadores.

No entanto, a presidente foi convencida por Carvalho que a taxa negocial permite ao trabalhador cobrar desempenho de seu sindicato, diferente do que ocorre hoje. Além disso, o ministro da Secretaria-Geral afirmou que diversos sindicatos oferecem cursos de qualificação, assistência médica e atividades desportivas à sua base, e o modelo novo serviria para estimular ações semelhantes aos demais sindicatos. Carvalho chegou a citar o caso de seu pai, que fora comerciário e obtinha esses benefícios do seu sindicato.

Soluções para saúde e educação:

A presidente solicitou aos técnicos do governo, então, duas soluções. Dilma quer criar um dispositivo legal que obrigue os sindicatos a aplicar o dinheiro que será obtido com a taxa negocial apenas com saúde e educação. Além disso, a presidente quer que o dinheiro fique exclusivamente com os sindicatos, isto é, quer proibir que ele seja dividido com federações, confederações e centrais.

A lógica do governo para os sindicatos é semelhante daquela empreendida por Dilma na administração pública. Assim como estabelece metas e cobra resultados de seus ministros e técnicos, Dilma quer um movimento sindical mais dinâmico no País.

O primeiro passo foi dado há duas semanas, quando o governo anunciou regras mais rígidas para o registro sindical, dificultando a proliferação de sindicatos de fachada, criados apenas para abocanhar parte do dinheiro arrecadado com a cobrança do imposto sindical. O segundo seria a própria "superação" deste modelo de financiamento.

Rateio entre os trabalhadores:

Hoje, os 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada no País recolhem o imposto sindical, que equivale a um dia de trabalho por ano. Esse dinheiro, que em 2012 superou R$ 2 bilhões, é repassado pelo governo ao movimento sindical – 60% vai para os sindicatos, 20% para federações, 10% para confederações e, desde 2008, outros 10% ficam com as centrais. O restante engorda o caixa do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A substituição do imposto sindical pela taxa negocial é uma bandeira histórica da CUT, a maior central do País, com 2,2 mil sindicatos e 2,5 milhões de associados. As demais centrais são contrárias à substituição do modelo atual.

Fonte:João Villaverde (O Estado de S. Paulo)

sexta-feira, 8 de março de 2013

CHAPA 2,VITÓRIA HISTÓRICA DOS TRABALHADORES!


As empresas multinacionais Shell Brasil e Basf S.A, o Sindicato Químicos Unificados, a Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e o Ministério Público de Campinas (MPT) chegaram a um acordo histórico pela manhã do dia 05 de Março de 2013,no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, na retomada da audiência suspensa ontem à noite. O acordo histórico, que também foi assinado pelo ministro do TST João Oreste Dalazen, que presidiu a sessão, será agora levado para apreciação por uma assembleia de ex-trabalhadores Shell/Basf nos Unificados/Atesq, em Campinas, e depois encaminhado para a direção das duas multinacionais.

Definitivo o julgamento:

Este acordo encontrado na manhã de hoje é a última oportunidade em caráter de negociação. As partes têm até o dia 11 de março (próxima segunda-feira) para dar a aceitação definitiva e até o dia 21 de março para apresentação do texto final.

Não haverá mais novas audiências em tentativas de uma solução. O acordo não poderá sofrer novas propostas e/ou alterações. Caso ele não venha a ser aprovado na assembleia ou pela direção da Shell/Basf o caminho será o julgamento do caso pelo TST, que o definirá em sentença judicial.

A proposta acordada:

• As empresas Shell Brasil e Basf S.A,pagarão, conjuntamente, R$ 200 milhões a título de danos coletivos. Destes, R$ 50 milhões serão destinados para a construção de uma maternidade pública em Paulínia. O restante será pago em cinco parcelas anuais no valor de R$ 30 milhões, sendo 50% de cada parcela destinados à Fundacentro e 50% ao Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) em Campinas. As parcelas começarão a ser pagas em janeiro de 2014.

• Pagamento ao conjunto dos trabalhadores de 70% do valor de R$ 360.000,00, atualizados com juros e correções monetárias, a que as duas multinacionais foram condenadas na 2ª Vara do Trabalho em Paulínia em agosto de 2008.

• A Shell e a Basf reconhecem o total de 1.068 trabalhadores atingidos, conforme cadastro realizado e apresentado pela Atesq e pelo Unificados. Outros 76 ex-trabalhadores que entraram com ações judiciais individuais podem aderir a este acordo, caso desistam do processo que movem em nome próprio.

• Assistência médica vitalícia a estes 1.068 trabalhadores.

Fonte:Sindicato dos Químicos Unificados

quinta-feira, 7 de março de 2013

CHAPA 2,HOMENAGEM AS MULHERES GUERREIRAS!



Guerreiras de saia...

Mulher brasileira, palestina
Francesa, argentina
Muçulmana, evangélica
Católica, eclética
Preta ou branca
Rap ou samba
Não importa...
Você que é mãe valente
E ás vezes faz o papel do pai ausente
Carrega nove meses vida no ventre
É o milagre da criação do onipotente.
Sobrevive ao preconceito, 
Menosprezo...
De um mundo machista de mais
Luta por direitos iguais.
Diariamente prova
Que é bem mais que sexo na cama
Bate de frente por quem ama.
Você não está na Play Boy
Nem servindo de objeto pros boys
Orgulho feminino
Exemplo pros filhos
Revolucionária!
Que nem Anastácia,
Rosa Luxemburgo
Morreu mas deixou
Seu exemplo pro mundo.

Guerreiro Alberto Ativista...
Poema enviado pela companheira Silvia Ribeiro,valeu pela homenagem!

terça-feira, 5 de março de 2013

CHAPA 2,NÃO TEMOS DINHEIRO,SÓ TEMOS CORAGEM!


Utilização do 11º Congresso dos Químicos do ABC,como ferramenta de censura e perseguição a categoria,até quando?

O Coletivo de trabalhadores químicos do ABC,Renovação Coragem e Luta,esteve presente na disputa eleitoral nos dias 14,15 e 16 de Dezembro de 2011,desde sua impugnação pela comissão eleitoral em Novembro de 2011,antes disso tentou de todas as formas construir uma proposta de composição para manter a unidade e evitar a disputa,tudo por acreditarmos na proposta de unificar organizações combativas da classe trabalhadora que atuam no movimento popular e sindical.E como poucos sabem somos socialistas,petistas e cutistas históricos.E temos respeito pela rica história de mais de 74 anos do nosso Sindicato dos Químicos do ABC,que tanto nos orgulha.

Durante estes dois anos,tivemos dezenas de pais e mães de famílias demitidos,fizemos críticas importantes,apontamos soluções e juntos com a categoria química que bate cartão todos os dias,buscamos construir e participar dos poucos espaços que dispúnhamos e o Blog Renovação Coragem e Luta  foi o caminho encontrado.Estivemos com o Sindicato dos Químicos do ABC em suas principais lutas,nas passeatas pelas 40 horas,contra o fator previdenciário,paramos a Via Anchieta contra o imposto de renda nas PLRS,fomos a Praça da Sé contra a redução de direitos,fomos diversas vezes de ônibus a Brasília,participamos de reuniões intermináveis,debates e mais debates,com o intuito de fortalecer na prática a tão falada democracia,foi através de nossas lutas que sensibilizamos a atual direção a adquirir o Clube de Campo dos Químicos do ABC,disponibilizar televisores,ventiladores e melhorias em nossa colônia de férias,devolver o imposto sindical aos trabalhadores,contratar médicos do trabalho,melhorar o atendimento jurídico,prestar contas periodicamente,marcar presença nas portas das fábricas,democratizar o sindiquim para divulgar nossas lutas,anunciar uma mudança geral e a democratização do site da entidade e principalmente convocar o 11º Congresso dos Químicos do ABC.Por estas razões,mesmo não podendo participar de tal evento,por conta de burocracia imposta pela atual direção.Nós do Coletivo de trabalhadores químicos do ABC,Renovação Coragem e Luta,estivemos entre os maiores defensores da categoria química do ABC,mesmo que outros companheiros(as) tomassem outros caminhos.

Nos últimos períodos, tivemos diferenças de posições em relação especialmente aos rumos da atual direção do Sindicato dos Químicos do ABC (composta em sua maioria pela artsind) sobre a necessidade de medidas mais claras e ativas de integração do movimento sindical a pautas da atualidade.Debate legítimo,sem ofensas pessoais,sem denegrir imagens,participamos da Conferência 2020,apesar de termos posições diversas e discordantes,em que algumas vezes chegamos a acordos,fomos vencidos e outras não.

No entanto, no último final de semana, ocorreram atitudes que saíram do âmbito do debate legítimo e da lealdade política.Companheiros da atual direção,atuaram de forma autoritária e pessoal,utilizando da boa fé dos trabalhadores(as) que participavam do 11º Congresso dos Químicos do ABC,fizeram um abaixo assinado e conduziram uma votação,sem direito a defesa e sem ouvir o outro lado da moeda,pedindo a abertura de processo criminal contra os membros do Coletivo de trabalhadores químicos do ABC,Renovação Coragem e Luta,afetando, inclusive, as famílias e também a imagem das diversas comissões de fábrica que compõe o movimento de oposição.Organizaram tudo com o intuito de  convencer ou melhor envolver os trabalhadores para tirar o corpo fora e gritar em alto e bom som "foi deliberação dos trabalhadores do congresso".

Vale registrar que não se tratou de uma iniciativa isolada,a mesma direção,utilizou de todas as estruturas pagas com o dinheiro dos sócios e sócias durante o congresso,para legitimar processos e censuras,um verdadeiro golpe contra a liberdade de expressão que este pequeno veículo de comunicação alcançou,e que mesmo remando contra a maré,se tornou uma ferramenta de utilidade pública,atingindo a incrível marca de mais de 21 mil acessos,confirmando que o Blog Renovação Coragem e Luta e sua resistência em defesa da democracia sindical,foi adotada por milhares de pais,mães, jovens e idosos da categoria química do ABC,e isso incomoda muita gente.

Por estas razões,queremos registrar que não sairemos destilando veneno ou acusações infundadas,apenas defenderemos a liberdade de expressão,o direito a democracia sindical,levaremos aos tribunais e a todos os níveis da justiça do trabalho,todos os trabalhadores demitidos injustamente,todos os jornais da entidade que contenham ataques pessoais,boletins de ocorrências com ameaças e perseguições,revistas,faixas carregadas de ofensas pessoais,banners e gravações de carros de som nos chamando de criminosos.Já entramos em contato com as lideranças no Congresso Nacional e solicitamos um pronunciamento nos próximos dias.Se é dinheiro que querem tirar da peãozada, não terão pois não temos,nem para nosso digno sustento.A única certeza que temos é a vitória,pois apesar de mais um  golpe baixo dado pela atual direção nos trabalhadores,estamos recebendo inúmeras ligações de solidariedade,centenas de emails de apoio de toda categoria.Para surpresa da atual direção,imediatamente ao anúncio da abertura de processo contra a oposição,recebemos dezenas de ligações dos trabalhadores que participavam das atividades de encerramento do 11º Congresso dos Químicos do ABC.

Sabemos que este tipo de atitude,não produz nada de positivo na luta dos trabalhadores.Apesar desses fatos lamentáveis,continuaremos respeitando e valorizando a atuação conjunta com alguns dos companheiros(as) da atual direção,que não concordam com tal atitude.Nossos objetivos socialistas,petistas,cutistas e democráticos são os mesmos. Apenas não podemos tolerar práticas anti-sindicais e autoritárias,pois construímos um Sindicato dos Químicos do ABC,com muita luta,a muito custo e em condições bastante adversas durante estes 74 anos de existência.E o que é mais triste e mais trágico,somos lideranças que acabaram de ser eleitas por milhares de trabalhadores,presentes nas maiores e mais representativas comissões de fábrica do Grande ABC,enquanto muitos deles nem fábrica tem mais.

Na medida em que se utilizam de um espaço tão importante para a categoria química do ABC,e se transforma um congresso de uma entidade tão importante,em palanque para ataques pessoais e utilização descarada da máquina sindical para perseguir e sequestrar os parcos e poucos patrimônios que nossos trabalhadores possuem,infelizmente a atual direção sindical deixa de cumprir os seus propósitos.


Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.... Henfil


Grande ABCDMRR,05 de Março de 2013.

Renovação,Coragem e Luta do ABC

segunda-feira, 4 de março de 2013

CHAPA 2:FATOR 95/105,O QUE É ISSO COMPANHEIRO?


Que o governo não é favorável com a ideia de acabar com o fator previdenciário, isso todos sabem. Não se esperava, contudo, era o terrorismo que está sendo feito em torno desse assunto.

A fórmula discutida como base para substituir o modelo atual seria o fator 85/95, proposta que vinha sendo amadurecida por centrais sindicais e representantes da base aliada do governo. No entanto, de uma hora para outra eis que surge a fórmula 85/95 piorada, com um acréscimo de 10 anos ao que era previsto antes, passando a ser chamada de fator 95/105.

Vários jornais do país divulgaram hoje a notícia, segundo o qual o governo federal prepara um projeto de lei que substitui o fator previdenciário por regra que mistura dois requisitos: idade mínima e tempo de contribuição. Até ai tudo bem, pois o discutido fator 85/95 já contempla isso.

No Estadão.com, colhe-se a notícia de que: “o projeto está engatilhado para o caso de o Congresso Nacional retomar a votação do fim do fator previdenciário. A estratégia é simples, como definiu um auxiliar presidencial no Palácio do Planalto: “Se o fim do fator previdenciário voltar à pauta da Câmara dos Deputados, o projeto de lei entra no topo da agenda do governo. Caso contrário, essa briga vai ficar para depois,bem depois””.

Sem indicar o número do projeto de lei que estaria concebendo o fator 95/105 nem o nome da pessoa que prestou a informação, a notícia é dada num tom de desafio do governo, dando a entender que o governo promete engrossar com os defensores do fim do fator previdenciário.

De fato, se for para criar o fator 95/105, é melhor deixar as cosias como estão, ainda que o atual fator previdenciário acarrete prejuízo financeiro (principalmente, com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros).

Pelo menos, pelas regras atuais os homens poderão se aposentar com 35 anos de contribuição e as mulheres com 30 anos. Sem precisar se preocupar em atingir o requisito idade. Sem contar que o fator previdenciário tende a ser neutro quando o segurado chega perto da casa dos 60 anos.

Pela proposta veiculada, esse mesmo homem teria que, além de ter 35 anos de contribuição, esperar completar 70 anos de idade. Já a mulher teria de esperar chegar os 65 anos. Diante do que vem sendo divulgado, com toda desgraça, o fator previdenciário parece ser uma opção melhor do que o fator 95/105.
Cada ano trabalhado ou um ano de vida da pessoa corresponde a um ponto ganho na soma do fator.

Pela fórmula do fator 85/95, a mulher só receberia a aposentadoria por tempo de contribuição se somasse 85 pontos, o que poderia ser encaixado, por exemplo, para uma segurada com 30 anos de pagamento do INSS mais a idade de 55 anos. Pela regra atual, ela poderia se aposentar com 30 anos, sem precisar ter idade mínima.

Pela mesma fórmula do fator 85/95, o homem teria que alcançar 95 pontos. Hoje, ele consegue se aposentar quando contribui por 35 anos.

Fonte:Rômulo Saraiva- Blog Espaço Previdência