quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CHAPA 2,É CHÃO DE FÁBRICA!


Hoje, mais do que nunca, existe uma grande necessidade de a classe enfrentar esta situação. E para isso deve utilizar todos os seus instrumentos históricos, como os sindicatos, partidos e outros organismos. Os trabalhadores devem se organizar a partir de todas as suas ferramentas. A CIPA é uma destas ferramentas e pode e deve cumprir esse papel.A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é um órgão bi-partite, pois é composta por metade de representação eleita pelos trabalhadores e metade indicada pela empresa. Tem como definição a prevenção de acidentes e doenças nos locais de trabalho.A CIPA no passado cumpriu um importante papel na reorganização do movimento sindical no nosso país, principalmente na década de 80.

Era através da CIPA que as oposições se organizavam para formar chapas de luta e concorrer às eleições contra os pelegos que já estavam à frente dos sindicatos por muitos anos, sustentados pelos governos militares.Desde então, a CIPA cumpre um papel de extrema relevância na luta da classe trabalhadora.Vivemos um momento na história de nosso país de poucas lutas operárias. E nestes momentos, o trabalho de base se torna primordial para combater a burocratização dos sindicatos de luta. É uma das alternativas para combater a atual burocracia sindical, como foi determinante no processo de reorganização do movimento operário no ABC na década de 80.

O desafio do movimento operário combativo é o mesmo da Chapa 2 (Renovação,Coragem e Luta) que de fato está interessado em melhorar as condições de trabalho, e porque não dizer, da vida do trabalhador, deve encarar como tarefa primordial fortalecer a organização dos trabalhadores no local de trabalho. Este trabalho pode se dar através das Comissões de Fábrica,SUR,CIPA e tantos outros meios, que a própria classe e suas direções acabam criando. Mas, principalmente através das CIPA’s de luta, que legalmente permitem a estabilidade no emprego a seus membros podendo também organizar os trabalhadores. A história que as CIPA’s de luta protagonizaram na reorganização do movimento operário de nosso país ainda está viva na memória dos trabalhadores do chão de fábrica das empresas do Grande ABC.

Nós da Chapa 2 (Renovação,Coragem e Luta) lançamos e estamos acompanhando nossos candidatos(as) em todas as empresas químicas do ABC,apesar das dificuldades de cada um,estamos contando com a solidariedade dos trabalhadores(as) e levantando apoio financeiro para essa importante missão.Este trabalho visa unicamente revelar novas lideranças e resgatar as bandeiras perdidas em defesa da classe trabalhadora,dentro das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e outras Olts do grande ABC,disse Marcio Vital candidato a presidente da Chapa 2 (Renovação,Coragem e Luta).

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CHAPA 2,CONHEÇA NOSSA HISTÓRIA


O Sindicato e a Resistência Química do ABC

Durante todos estes anos, muitos companheiros desanimaram e, no período mais difícil, até Os patrões tudo fizeram para impedir a existência de um sindicato vigoroso que tocasse nos seus lucros e fortalecesse a autoconfiança da categoria.Quantos companheiros não perderam o emprego quando faziam trabalho sindical? Quantas chapas combativas tiveram sua formação impedida pelas ameaças dos patrões? Quantos companheiros foram despedidos depois de uma greve? Com o envelhecimento precoce, a perda da saúde, o empobrecimento rondando à nossa volta? Durante muitos anos nosso Sindicato foi sistematicamente esvaziado, enfraquecido, cercado. Tivemos grandes dificuldades, mas obtivemos também significativas vitórias, que deixaram suas marcas na historia de nossas lutas.Renasce um novo SindicatoNo final da década de 70, os trabalhadores do ABC imprimiram um novo impulso às suas lutas. A greve na Scania, em 1978, em São Bernardo, detonou várias outras, como na Fontoura Wyeth (Kolynos), naqueles mesmos dias. 


Foi uma convocação à dignidade do trabalhador, a reafirmação do valor e da importância da luta e da unidade de classe.A ditadura militar perdia fôlego. Os trabalhadores em luta obrigaram a que o governo e patrões mudassem as regras do jogo. Os pelegos começaram a perder pé nos sindicatos. As oposições ganham espaço e legitimidade.Surge um grande líder no movimento sindical: Luiz Inácio Lula da Silva agita o ABC e ganha destaque nas páginas dos principais jornais do país. 

Os trabalhadores iniciam uma série de greves em defesa da democracia.Ficou evidente, depois da vitória dos metalúrgicos, que era possível lutar e vencer, que tomar a iniciativa e exigir nossas reivindicações não era um sonho irresponsável.A oposição se reforça também nos químicos e finalmente, em 25 de outubro de 1982, A CHAPA 2 DE OPOSIÇÃO RENOVAÇÃO E LUTA – formada por Agenor Narciso, Domingos Lino, Edilmo de Oliveira Lima, Geraldo Ribeiro da Silva, João Ignácio Villas Boas, Joaquim Monterio de Holanda, José Drummond, Luiz Rodrigues dos Santos e Remigio Todeschini, entre outros,conquista a direção do Sindicato dos Químicos do ABC.


Sindicato Combativo:

Com a eleição da diretoria pró-CUT, em 1982, o Sindicato torna-se realmente uma entidade de trabalhadores, cujo ideal passa a ser exclusivamente a defesa dos direitos da categoria.Na época, a principal reivindicação da nova diretoria era a unificação da data base, em dezembro, para toda a categoria. Mas a direção teve que driblar a falta de dinheiro, a máquina emperrada e até a inexperiência. A garra e o idealismo dos companheiros sustenta o Sindicato por um longo período.Em 1983 nasce a CUT (Central Única dos Trabalhadores), instrumento fundamental para a unificação e mobilização de todos os trabalhadores do Brasil. Dois diretores do Sindicato - Agenor Narciso e José Drummond - fazem parte da comissão pró-CUT e, durante um congresso de trabalhadores, em agosto de 1983, participam da fundação da Central.Nos primeiros meses de existência a CUT funciona junto com o Sindicato dos Químicos, onde atualmente é a sede da associação dos aposentados químicos do ABC.


Daí pra frente este Sindicato abraça várias causas, sempre lutando pela democracia e por uma vida mais digna para o trabalhador. Em 1984 o Sindicato participa ativamente das mobilizações pelas Diretas Já, ao mesmo tempo em que são eleitas as primeiras comissões de fábrica na base. No governo Sarney, com os primeiros planos econômicos para conter a inflação, a categoria intensifica as greves por melhores salários. Na década de 90, quando o Governo Collor, com suas falcatruas, é eliminado graças ao movimento pelo impeachment, a grande luta dos químicos continua sendo a redução de jornada, sem redução de salários – por mais empregos e saúde para o trabalhador, em um contínuo processo de avanços e conquistas, agora também sob a presidência de Remigio Todeschini.

Fonte:Sindicato dos Químicos do ABC

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CHAPA 2,POESIA PARA 2012



Confiança no futuro que vai chegar!

Sejam bem vindos ao ano
Dois Mil e Doze!E que agora,
todos juntos, ombro a ombro,
se dêem as mãos sem demora.
Todos por um, um por todos,
sem desavenças e engodos
em prol de uma nova aurora!

"Sejam nossas diferenças
a pedra fundamental
capaz de unir nossos sonhos
em torno de algo real.
Se um outro mundo é possível,
façamos, pois, o impossível
em busca desse ideal.
Que todos pensem num mundo
mais justo, mais solidário;
que as mãos do amor e da ética
construam um novo cenário
onde o ser suplante o ter
e a paz deixe,enfim, de ser
três letras no dicionário!

Para que o bem natural
não seja levado a rodos
e a farsa neo-liberal
já não mais sirva de engodos;
pelo acesso aos bens comuns,
para que a gula de alguns
não destrua o que é de todos!

Pela cultura da paz
sem olhar crentes e ateus,
pelo fim de tantas guerras
feitas em nome de Deus
enlutando tantos lares!...
E que as armas nucleares
virem peças de museus!

Pela defesa da Terra,
da Amazônia e seus viventes,
pelo direito à igualdade
para que todas as gentes
trilhem seus próprios caminhos
indígenas, ribeirinhos,
tribais e afro-descendentes.
Contra a discriminação
seja de que tipo for:
quer de opção sexual,
de credo, gênero, cor,
pensamento, ideologia,
modo de vida, etnia...
Todos têm igual valor!

Que a democratização
de todo conhecimento
seja, enfim, realidade
em toda parte e momento,
que a educação e a cultura
cheguem a toda criatura
sem qualquer impedimento.

Mas, para que nossos sonhos
se tornem realidade,
é necessário que todos
comprometam-se, em verdade,
manter essa chama acesa
para o bem da Natureza
e de toda a humanidade!

FELIZ ANO NOVO!Do poeta do sertão Antonio Juraci Siqueira,
para os companheiros(as) da Chapa 2(Renovação,Coragem e Luta)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CHAPA 2,CONHEÇA NOSSA HISTÓRIA!


O Sindicato dos Operários em Produtos Químicos e Similares de São Bernardo, primeiro nome do Sindicato dos Químicos do ABC, surgiu em 08/10/1938, com a primeira sede localizada em um sobrado, na rua Bernardino de Campos, 15b, no Centro e Santo André।O Sindicato foi fundado em uma época de profundas transformações. O parque industrial ainda engatinhava, e os investimentos no setor químico eram muito menores que os atuais. Os trabalhadores, na sua maioria imigrantes, vinham do campo com pouca ou nenhuma experiência na vida urbana fabril. Em grande parte europeus, os operários trouxeram na bagagem, nas duas primeiras décadas do século, uma experiência sindical combativa, mas a proibição de entrada de novos imigrantes, feita por Getúlio no início dos anos 30, modificou o perfil da classe operária.

Nesta época, a categoria dos químicos ainda era pequena e dispersa. No início dos anos 40, o Sindicato dos Químicos do ABC se restringia exclusivamente aos operários da Rhodia. A direção não tinha funcionamento regular e muito menos era combativa.Com a Segunda Guerra Mundial, pioraram as condições de trabalho. A Lei do Esforço de Guerra identificava qualquer movimento grevista como tentativa de sabotagem e a ausência no serviço era vista como deserção, enquadrando os operários num regime de trabalho militarizado. Mesmo assim, houve uma resistência contra as más condições de trabalho e de salário.Em 1945, as reivindicações represadas nos anos anteriores vêm à tona e o descontentamento eclode numa onda de greves de proporções inéditas para a época. O movimento sindical cresce, e no mesmo ano surge o MUT - Movimento de Unificação dos Trabalhadores que, apesar de ter durado pouco tempo, deixou mais claro para os trabalhadores a necessidade de uma central sindical que unificasse as lutas. No ano seguinte, tentou-se organizar a CGTB - Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil, logo fechada pela polícia.Em 1947, o PCB, organizador e dirigente na época do grosso das manifestações operárias no pós-guerra, com forte presença na vida sindical do ABC, foi colocado na ilegalidade - 143 sindicatos em todo o país sofrem a intervenção do governo Dutra.

Neste período, o Sindicato dos Químicos era liderado por Lúcio Carmignole; a situação política no ABC ficava cada vez mais difícil, com vários sindicatos da região sob intervenção. Mesmo assim, na década de 40, contando com pouco apoio e dificuldades de toda ordem, durante 15 dias, os trabalhadores da Rhodia cruzam os braços em greve.Em 1951, Antônio Gouveia assume a presidência do Sindicato. Logo após, em março de 1953, os têxteis de São Paulo lideram uma greve contra a carestia que se generaliza e chega a atingir 300 mil trabalhadores. Neste movimento, os piquetes de greve paralisaram os altos fornos da Cerâmica São Caetano. A mobilização deu origem ao PUI (Pacto de Unidade Intersindical) poucos meses depois.Em 1955, Trajano José das Neves vence as eleições do Sindicato. Mas foi acusado de comunista, e impedido de assumir o cargo. 

O clima de caça às bruxas e delação havia penetrado no meio sindical e a simples suspeita de que um líder pudesse expressar e organizar as reivindicações da categoria, era pretexto para o Ministério do Trabalho intervir no Sindicato. O Ministério intervém e o ex-presidente Antônio Gouveia é posto como interventor.Mas a situação política e econômica nacional começa a mudar. Com a posse de Juscelino, a instalação das montadoras e a construção da via Anchieta, o ABC é palco de um aumento acelerado dos investimentos no parque industrial, inclusive na indústria química. Ao mesmo tempo, as lutas operárias que cresciam desde 52, conquistaram maior espaço na cena política.

Em 1956, a intervenção termina e Trajano finalmente toma posse, começando uma trajetória controvertida como presidente do Sindicato por mais de dez anos.Em 1957, em nova onda de greves, 500 mil trabalhadores protestam e entram em greve em todo o Estado de São Paulo. A direção foi assumida pelo PUI, que articulou mais de cem sindicatos de várias categorias. No bojo desta luta, surgiu a Federação dos Químicos de São Paulo, dirigida por Francisco Floriano Desen, militante comprometido com as reivindicações da categoria e dos trabalhadores.


Fonte:Sindicato dos Químicos do ABC (Livro 70 anos)