terça-feira, 23 de abril de 2013

CHAPA 2,COMISSÃO DA VERDADE


Por investigação e punição aos torturadores,queremos a verdade!

Foi lançado nesta segunda-feira, dia 15/04, em São Paulo, no âmbito da Comissão Nacional da Verdade (CNV) um Grupo de Trabalho (GT) para apurar as diversas e graves violações, perpetradas pela ditadura militar contra os trabalhadores. O GT, integrado pela CNV e diversas centrais, como a CUT, INTERSINDICAL, CTB, UGT, Força Sindical, Conlutas entre outras, deverá se debruçar sobre os fatos que se deram no período da ditadura militar contra a classe trabalhadora e suas organizações.

As centrais sindicais apresentaram um documento unitário com onze propostas de investigação que nortearão os trabalhos do grupo. Levantamento dos sindicatos que sofreram invasão e intervenção, apuração dos dirigentes sindicais cassados e ou presos pela ditadura, tortura e assassinatos de trabalhadores, demissão e repressão às greves, vinculação das empresas aos serviços de segurança para entregar trabalhadores para a repressão. Também serão objeto de levantamento as políticas do regime que feriram direitos conquistados, como a lei de greve, do arrocho salarial, do fim da estabilidade no emprego. Essas são linhas de investigação que o GT buscará seguir para levantar as violações e graves prejuízos causados aos trabalhadores e suas entidades, a fim de buscar reparação moral, política e material às vítimas da ditadura.

Levantamento parcial dá conta de que quatrocentos sindicatos sofreram intervenção imediatamente após o golpe, além de 300 outras entidades invadidas e tuteladas pela intervenção no período subsequente.Segundo Rosa Cardoso, integrante da CNV, além das graves violações de direitos humanos de trabalhadores, o GT apurará situações que provocaram desemprego e insubsistência, como as causadas por medidas e políticas da época e também as listas em que foram colocados líderes sindicais e outros.No ato de instalação do GT, os dirigentes das centrais lembraram que o golpe de 1964 foi, sobretudo, uma medida contra a classe trabalhadora que se mobilizava pelos interesses da maioria do povo brasileiro à época.

Ivan Seixas, da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, SP, apontou que 52% dos mortos ou desaparecidos nos porões da ditadura eram trabalhadores, desnudando o caráter de classe do golpe militar. Sebastião Neto, do Projeto Memória da Oposição Metalúrgica de São Paulo e do IIEP, lembrou que muitas empresas mantinham agentes infiltrados nos locais de trabalho para delatar trabalhadores e lideranças ao regime.Expedito Solaney, da CUT, lembrou que o prazo para a conclusão dos trabalhos da CNV é insuficiente e reivindicou a prorrogação dessa data, prevista para maio de 2014. Rosa Cardoso, Coordenadora substituta da CNV, corroborou o pedido de alteração desse prazo.

O Grupo de Trabalho foi formalizado e será integrado por todas as centrais sindicais presentes. No próximo dia 06 de maio, o GT voltará a se reunir, momento em que será definida a metodologia de trabalho e os demais encaminhamentos necessários.Para nós do MRCL (Movimento de Trabalhadores Renovação,Coragem e Luta), o momento é de divulgação dessa medida, para que entidades, vítimas, familiares e companheiros dos que sofreram graves violações de direitos se apresentem para relatar os fatos. Além disso, devemos incentivar a instalação de Comissões da Verdade nos sindicatos, movimentos sociais, bairros, universidades, igrejas, câmaras municipais e organizações da sociedade civil.

Fonte:Intersindical e Base

Um comentário:

  1. É necessário realizar um COMISSÃO DA VERDADE para investigar as 17 demissões dos trabalhadores,lutadores que fizeram parte da CHAPA 2 de Oposição a atual diretoria.Muitos estão passando FOME e batendo de porta em porta e o PT,CUT e DIREÇÂO não tão nem aí!

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