quarta-feira, 3 de julho de 2013

CHAPA 2,POR UM PLEBISCITO POPULAR!

"A internet e as redes sociais facultam ao povo a possibilidade de se auto convocar,sem a necessidade de líderes ou de sindicatos".

Arcebispo Dom Cláudio Hummes

O povão tomou as ruas para demonstrar o seu descontentamento com a forma que se faz política no Brasil. As grandes manifestações e seus cartazes ferozes colocaram em xeque o descaso com a saúde, educação,segurança pública e pelo fim da corrupção.Mas seu foco principal foi pela renovação do atual sistema político,seja ele municipal,estadual e nacional.Os trabalhadores e estudantes questionaram profundamente os poderes de representação política e o abuso do poder econômico nas eleições.Todo esse reboliço popular,nos revelaram o que já sabíamos,governantes precisam tomar banho de povo,pegar ônibus lotados em horário de pico,frequentar os corredores lotados do SUS,experimentar na pele a aprovação automática nas escolas e acima de tudo  a olhar e dar vós aos que até hoje nunca foram ouvidos,pois o gigante adormecido despertou do sono profundo e resolveu questionar as injustiças contra seu povo.

Portanto o modelo de plebiscito apressado defendido pelo governo e seus seguidores não pode ficar restrito a apenas questões eleitorais e oportunistas,conforme proposto pelos defensores em mensagem enviada ao congresso nacional no dia 02 de Julho de 2013. Resumir os anseios de um povo,o grito de alerta de milhões de brasileiros,aos homens e mulheres que tomaram as ruas,em um plebiscito com 5 questões puramente eleitorais,tais como:financiamento de campanha, sistema de votação, término dos suplentes no senado,voto secreto no parlamento e fim das coligações partidárias.É no mínimo uma ofensa,é não entender e o pior não atender as demandas que foram escancaradas pelas ruas de todas as cidades do país.

Nós do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta) sempre defendemos a reforma do sistema político e sindical da forma mais ampla e democrática possível, incluindo transparência,alternância nas direções sindicais e fortalecimento da democracia direta.Defendemos a necessidade das bandeiras da renovação,coragem e da luta no exercício de todas as formas de poder,pois entendemos que o comodismo e o distanciamento das demandas populares,afastou os trabalhadores dos seus sindicatos e a população das decisões políticas que envolvem a sua vida cotidiana,criando um enorme abismo entre a vida concreta do chão de fábrica e as decisões ou a ausência delas,que há muito tempo passou a ser tomada de forma isolada em amplos palácios e salas refrigeradas das presidências sindicais do nosso país.

O grande desafio de um governo popular que ajudamos a eleger,não é o de atender aos desejos das classes dominantes e dos representantes da direita na mídia e no congresso nacional.Mas sim lutar ao lado do seu povo,pois é chegada a hora da convocação de uma ampla agenda popular,para acelerar as reformas políticas e sindicais que estão paradas no congresso nacional,pois este momento talvez seja,a única e última oportunidade de reaproximar a classe trabalhadora e a maioria da população das decisões políticas e não apenas “arrumar a casa”,para os senhores feudais e donos do poder.

Reafirmamos que, para nós do MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta),só faz sentido uma reforma política e sindical que resgate a soberania popular através do fortalecimento dos instrumentos de participação popular e democracia direta,através de eleições limpas para escolha dos nossos representantes.Queremos que a classe trabalhadora tenha o direito constitucional de participar das eleições e das decisões dos seus sindicatos,queremos a democratização dos seus estatutos,queremos um orçamento participativo para apontar os investimentos,queremos prestação de contas e transparência com nossos recursos,queremos um sindicato mais presente e atuante.E não apenas sermos tratados como massa de manobra,convocados simplesmente para balançar cabeças e bandeiras,chega de levantar as mãos e dizer amém,chega de participar de assembleias vazias que não decidem nada,chega de perseguições e demissões contra trabalhadores que pensam diferente,chega de gastar nossos recursos em campanhas eleitorais sem compromisso com nossa classe,são tantos "chegas" e tantas injustiças que não cabem neste texto.

Fiquem sabendo que o poder mudou de lado,hoje é da cidadania e não pode ser inteiramente delegado a representantes sem bases e sem compromissos com a classe trabalhadora,uma elite sindical que não aceita a vontade da maioria e o que é pior a impugna na calada da noite,saibam que depois deste "tsunami de manifestações" o poder passou para as mãos da maioria e a partir de agora deve ser exercido diretamente por cada um de nós,agora a bola é nossa!

Portanto estamos vigilantes e vamos continuar nas ruas mobilizando nossa categoria e a sociedade em geral para que sejam atores da história e juntos possamos incluir outras 5 questões no nosso plebiscito popular  como por exemplo:pela convocação de plebiscitos e referendos de inciativa popular,pela redução imediata da jornada de trabalho para 40 horas semanais,pela redução do número e dos salários dos deputados e senadores,pela formação de uma assembléia popular constituinte,por uma ampla reforma sindical que transforme as regras atuais com alternância de poder e que inclua a tão sofrida classe trabalhadora nas pautas importantes do nosso país.

Fonte:Trabalhadores da base

14 comentários:

  1. Poxa meu no site do sindicato nao existe espaço para comentários ,por isso decidimos aqui na fabrica adotar voces como nossos representantes,pelo menos aqui se pratica a democracia tão falada pelo lado de lá.

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  2. Caiu o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Caetano do Sul por desvio veja noticia completa no www.jornalabcreporter.com.br

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  3. Aos amigos do Blog:

    O que nem a Abin (olhos e ouvidos secretos do governo) previu foi o súbito tsunami popular invadindo as ruas do Brasil em pleno período da Copa das Confederações – quando se esperava que todos estivessem com a atenção concentrada nos jogos.

    Agora o governo inventa o discurso de que sem partidos não há política nem democracia. Ora, basta uma aula de história de ensino médio para aprender que a democracia nasceu na Grécia muitos séculos antes da era cristã, e mais ainda do aparecimento de partidos políticos.

    Hoje, a maioria dos partidos nega a democracia ao impedir um governo do povo com o povo. Não basta pretender governar para o povo e, assim, considerar-se democrata. O povo nas ruas exige novos mecanismos de participação democrática, enquanto manifesta sua descrença nos partidos. Estes são intimados a renovar seus métodos políticos ou serão atropelados pela sociedade civil.

    Por:Frei Beto

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  4. A política do governo petista dos últimos 12 anos é largamente responsável por essa situação. A política do chamado ‘presidencialismo de coalizão’, na forma degrada como o praticamos, aviltou os partidos, aviltou a representação, nesse toma-lá-dá- cá infernal. Isso extraiu a legitimidade, a aura dos partidos. Os movimentos sociais foram inteiramente cooptados e estão ausentes das ruas. A representação [no caso, os partidos] tentou chegar depois, com o movimento na rua e tomaram porrada nos grandes centros. Este é um movimento de jovens e trabalhadores terceirizados, com grande parte deles universitários, mas cadê a UNE [União Nacional dos Estudantes]e cadê a CUT(Central Unica dos Trabalhadores)?.De um lado, a representação política foi degradada com mensalão e por esse toma-lá-dá-cá vergonhoso; de outro, a cooptação dos movimentos sociais pelo governo,através de grana e fundos de pensão e FAT e outros,fez com que essa juventude trabalhadora não encontrasse canais de expressão e ficasse processando a sua insatisfação em um lugar novo nas redes sociais e depois desenbocou nas ruas do nosso país.”

    Sociólogo da base química do ABC

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  5. Cuida do com a tal greve chapa branca no dia 11/07:

    Pois existe duas posições colocadas...cuidado para não servir de massa de manobra!

    Para a quinta-feira 11/07/13, as centrais sindicais preparam o “Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações”. Qual é o objetivo? “Não estamos propondo nada que prejudique o Brasil”, diz Ricardo Patah(UGT) e Vagner da CUT. As entidades estão divididas. Aquelas identificadas com o governo do PT, como CUT e UGT, devem dar prioridade às mobilizações chapa branca (numa ação ao estilo argentino,em que organizações kirchneristas saem às ruas para marcar posição,mas poupam a presidenta Dilma e o PT). Já Conlutas,Intersindical e Força Sindical e setores do PSTU e PSOL como o JUNTOS dos estudantes investirão em paralisações de verdade.

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  6. Para os membros da direção da CUT a participação de membros do PT na grave do dia 11/07 é natural. 'Assim como a CTB e PCdoB. Qualquer sigla que estiver com as mesmas bandeiras é natural que participe.Eles reafirmaram o apoio da CUT à presidente Dilma (PT). Não apoiaremos um movimento pedindo Fora Dilma ou Fora Lula. Somos a favor do fortalecimento da democracia, mas a CUT apoia a Dilma/Lula e Haddad'".

    Paulinho da Força Sindical, porém, fez questão de ressaltar que os atos tem como alvo a presidente Dilma do PT,ela não tem mais nada a ver com os trabalhadores'. 'Não estamos falando do governo Lula, que tinha uma relação diferente e de apoio com nossa classe. Foi o governo Dilma que nos abandonou',disse,se o PT vim com esse tal de plebiscito,vamos gritar bem alto FORA DILMA E O PT,isso não está na pauta acordada com as centrais sindicais.

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  7. O secretário executivo nacional da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, o Zé Maria, que também preside o PSTU, afirmou que as manifestações das centrais têm uma pauta de reivindicações própria, que não incluem, neste momento, a reforma política e o plebiscito. 'Esse é um ato contra o governo Dilma/Alckmim/Haddad', afirmou. 'Quero ver quem vai pegar o microfone para defender a presidente Dilma do PT no protesto', desafiou. Zé Maria, no entanto, disse que não deve haver hostilidades contra eventuais manifestações partidárias favoráveis ao governo. 'Mas vai haver vaia bem grande a quem defender este governo.'

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  8. O objetivo do "Dia Nacional de Lutas" é destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios, além de construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o Brasil nas últimas semanas.

    Os principais itens da pauta da classe trabalhadora no Dia Nacional de Luta são:

    - Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários
    - Contra o Projeto de Lei 4330/04, que amplia as terceirizações e precariza os empregos
    - Fim do fator previdenciário
    - Valorização das Aposentadorias
    - 10% do PIB para a Educação
    - 10% do Orçamento da União para a Saúde
    - Transporte público e de qualidade
    - Reforma Agrária
    - Suspensão dos Leilões de Petróleo

    A pauta da classe trabalhadora reivindica, ainda:

    - Reforma política e realização de plebiscito popular
    - Reforma urbana
    - Democratização dos meios de comunicação
    - Contra o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas
    - Contra a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais
    - Contra a aprovação do Estatuto do Nascituro
    - Pela punição dos torturadores da ditadura

    Todos as ruas no dia 11/07/13,vamos juntos!

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  9. Foi um fiasco o ato do dia 11/07/13

    Foram duas horas de falas dos lideres da CUT,Forca e UGT. A abundância de recursos das centrais, garantida pelo imposto sindical, descontado automaticamente do salário de todo trabalhador, era visível nos grandes e coloridos balões, nas faixas produzidas em série, bandeiras, camisetas, bonés e fitas.

    Tal riqueza e fartura contrastava com a apatia do público. Uma representante da CUT desfilou durante algum tempo diante do carro de som com um rolo de bandeiras da central debaixo do braço, procurando militantes para empunhá-las. Não encontrou. Foi o contrário do que aconteceu nas manifestações de rua que eclodiram dias atrás. Nelas, na falta de faixas, as pessoas se enrolavam na bandeira do Brasil. Os cartazes eram pobres e, muitas vezes, improvisados na rua.

    Na linha de frente, pessoas que tinham de ficar ali, com bandeiras e faixas, disputando espaço, entupiam os ouvidos com chumaços de algodão para amortecer o som. No momento em que foi anunciado o final do ato, a maior parte das pessoas recolheu bandeiras e faixas e saiu, organizada e burocraticamente. Só um pequeno grupo saiu em marcha pela Paulista.Alguns faziam uma enorme fila ao lado do Masp para receber 50 reais e um lanche e seguiram para casa.

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  10. Dava gosto ver o protesto do povo nas ruas provando p/ a nação que não depende de corruptos ( sindicalistas ) p/ fazer acontecer , não precisa pagar pras pessoas participarem do movimento .

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  11. Quentinhas:

    A Justiça do Trabalho suspendeu a eleição para o sindicato do motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, que estava marcada para os dias 25 e 26 de julho.

    A eleição já havia sido adiada na semana passada, após um tiroteio envolvendo integrantes das chapas da situação e da oposição --que deixou dez feridos.

    Posso parar SP, diz líder da oposição do sindicato dos motoristas
    Sindicato admite o uso de PMs como seguranças particulares
    Após tiroteio, sindicato dos motoristas de ônibus adia eleição
    Briga por poder no sindicato de motoristas já matou 16 em 20 anos

    A decisão da juíza Lávia Lacerda Menendez diz considerar a "gravidade da situação e o rumo que tomou a eleição sindical."

    A decisão suspende o processo eleitoral enquanto não for julgada outra ação, movida pela oposição, contra a candidatura de Isao Hosogi, atual presidente e candidato à reeleição.

    A ação pede o afastamento de Hosogi do sindicato, a anulação de todos os atos que tomou no cargo e o cancelamento de sua candidatura.

    O argumento da chapa de oposição, presidida por José Valdevan de Jesus, é que Hosogi não é brasileiro nato, situação que contraria o artigo 515 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

    Fonte.Folha

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  12. A Chapa 1 encabeçada por Jorginho, juntamente com o Grupo O Resgate, tem todo o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo (FTTRESP), além do apoio das seguintes centrais: Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).




    O trabalho realizado por Jorginho (Isao) frente a entidade dos motoristas nos últimos 9 anos, tem sido reconhecido pela categoria e também por lideranças do meio sindical, que estão firmes nesse apoio para que ele possa dar continuidade nas suas ações em defesa dos trabalhadores (as), de forma séria e responsável, como sempre fez.estaremos juntos mais uma vez.

    Nota da CUT Sao Paulo



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  13. Samuel Samuka o Irmão17 de julho de 2013 às 13:37

    Sou de Pernambuco,precisamente de Recife.
    Este blog foi indicado por um companheiro e trabalhador comigo em uma industria quimica do Grupo Akzo nobel.
    Gostaria de parabenizar os organizadores deste e dizer que ele é a cara do pião.
    Sempre ouvi falar da seriedade do movimento sindical Paulista mas podemos ver que é somente faixada.
    Boa sorte companheiros de verdade.
    Samuel Samuca ou Irmão

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    1. Obrigado guerreiro !
      divulgue por aí que temos 18 pais e mãe s de família. desempregados por lutar por democracia nos químicos do abc.

      um forte abraço !

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