sábado, 31 de agosto de 2013

CHAPA 2,AVANÇA RENOVAÇÃO,CORAGEM E LUTA!

Nossa luta em defesa da Renovação,Coragem e Luta no nosso sindicato e no conjunto do movimento sindical brasileiro está dando o que falar,iniciamos um amplo debate em 2011,que se espalhou por várias categorias,tudo isso depois de anos de apatia e desilusão hoje novos trabalhadores estão encontrando coragem e assumindo a defesa do conjunto da classe trabalhadora em nosso país.E graças ao empenho dos guerreiros e guerreiras do Movimento Renovação,Coragem e Luta,estamos encontrando simpatizantes e apoios em vários seguimentos da sociedade,nosso amigo Ricardo Kotscho é mais um deles,leiam e socializem no chão das fábricas do Grande ABC,do Brasil e do Mundo:

Para Ricardo Kotscho,CUT e movimento sindical precisam renovar suas lideranças...
    
Com a experiência de quem tem 50 anos de jornalismo e trabalhou na cobertura do surgimento do chamado “Novo Sindicalismo”, no final dos anos 1970, que rompeu com o movimento pelego que grande parte das lideranças sindicais praticava até então, Ricardo Kostcho, afirma que a fundação da CUT foi resultado da ampliação da politização dos trabalhadores.

Em entrevista ao Portal da CUT, o também ex-secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, entre 2003 e 2004, durante o governo Lula, destaca que o grande desafio do movimento sindical é renovar as lideranças.Para ele, também o jornalismo deve se transformar, sair das redações e ir para as ruas conhecer a realidade da classe trabalhadora.

Você cobriu o início do novo sindicalismo e o surgimento da CUT. Qual era o cenário em 1983?
Ricardo Kotscho – Eu sou bem antigo, vou completar 50 anos só de jornalismo, então, comecei quando o movimento sindical estava na mão dos pelegos, inclusive o sindicato dos jornalistas. O fato novo ocorreu no final da década de 1970, quando o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, com o Lula à frente, se transformou em foco de resistência à ditadura e trouxe junto outras entidades, como o próprio sindicato dos jornalistas que, em 1979, comandou uma greve histórica. Ali foi o grito de independência, porque os trabalhadores odiavam o sindicalismo feito até a década de 1970.

Quais fatores motivaram a criação da CUT?
Kotscho – É curioso, porque, no começo, o Lula chegou a dar entrevista na TV Cultura dizendo que era contra sindicato se aproximar de partido político e que o importante era cuidar de salário, das condições de trabalho dos operários. Foi a criação do PT, em 1980, que contribuiu para a politização do operário, para que tomasse consciência de seu papel para mudar o país, também influenciado pela atuação de diversos movimentos sociais, como a campanha pela Anistia, a redemocratização.

O que mudou nesses últimos 30 anos?
Kotscho – Ocorreu uma coisa curiosa, porque os movimentos sociais foram crescendo e acabaram chegando ao poder com o presidente Lula, em 2002. E como acontece na maioria dos países, quando a esquerda chega ao poder, houve um esvaziamento desse movimento. Primeiro, porque o governo acaba requisitando os quadros principais e, por outro lado, atende as reivindicações dos movimentos sociais. Então, já não há tanto motivo para brigar. Chega a ser uma contradição, em termos, mas quando chega ao poder, já não tem aquela força toda do tempo em que se combatia a ditadura, por exemplo. Também há um cenário de pleno emprego, a maioria dos aumentos conquistados pelos sindicatos é acima inflação, o salário mínimo nunca cresceu tanto. E é diferente o diálogo do presidente da CUT com o Lula, com a Dilma em relação ao que fazia com o Sarney, o Collor, o Fernando Henrique Cardoso e os que comandaram o País durante a ditadura militar.

Diante desse novo cenário, qual deve ser o papel da CUT?
Kostcho – O principal papel da CUT e do movimento sindical, e aí eu incluo o sindicato dos jornalistas do qual faço parte, é a renovação dos quadros. Uma vez a presidenta disse isso para mim, que a grande dificuldade era ter novas lideranças, e penso da mesma forma. A minha geração, que conquistou a Presidência da República em 2002, envelheceu e não só na idade, mas também em ideias. Precisamos descobrir novas formas e novas lideranças capazes de despertar o interesse dos mais jovens no movimento sindical, porque há um processo de esvaziamento em todos os setores, inclusive no movimento estudantil. Esse é o grande desafio, descobrir como trazer essa juventude que foi às ruas meio destrambelhada, sem liderança, para dentro dos movimentos sociais. 

Mudou também o perfil do jornalista que cobre o movimento sindical. O senhor acredita que aumentou a resistência aos temas da classe trabalhadora?
Kostcho – Sim, porque há outro perfil de jornalista. Na minha época, o jornalista era mais vinculado às lutas sociais e sindicais pela própria origem e, atualmente, são muito mais próximos do patrão do que da base social. E isso vale também para os políticos. Todo mundo fala da crise de representatividade e é exatamente isso que ocorre, há um abismo grande entre o que a imprensa fala e como os políticos atuam na realidade social do país. Os repórteres não vão mais aos lugares, são jornalistas de gabinete.

Fonte:Luiz Carvalho - Sitio da CUT Nacional 

4 comentários:

  1. Guerreiros e guerreiras do MRCL:Leiam o que disse o presidente da CUT Vagner Freitas a dois dias atrás:

    Para ele, é preciso garantir a renovação na estrutura sindical, com limitação dos mandatos, que possibilite cada vez mais a participação dos jovens na política. “Os sindicatos CUTistas tem a obrigação de inserir em seus estatutos pontos essenciais como a limitação do tempo de mandato, cota de gênero, democracia interna, cota de renovação, assembleia de previsão orçamentária, além de trazer para o centro da conjuntura a retomada da luta pela autonomia e liberdade sindical, que possibilite ao trabalhador a livre escolha, com um sindicalismo desatrelado do Estado, partido político ou governo”, disse.

    Estamos no caminho certo,seguimos firmes até a vitória!
    Marli dos Santos Neves-Sou + uma guerreira!

    ResponderExcluir
  2. Pelo menos em uma coisa nós aqui da fábrica concordamos com o Deputado Marcos Feliciano:

    O Deputado Pr. Marco Feliciano apresentou na tarde de hoje (08.02.12), projeto de lei que estabelece o prazo de 3 anos para o mandato de diretoria de sindicato, permitindo sua recondução. A partir da aprovação deste projeto, ficará impedido que dirigentes sindicais perpetuem-se no poder utilizando-se dos mais variados artifícios como, por exemplo, a criação de obstáculos ao registro de candidaturas de oposição. A alternância de poder é salutar a instituição, salvaguardando, dessa forma, o interesse da categoria.
    Disse Feliciano: – “Ao dispor sobre esse assunto suscitaremos, certamente, um debate acerca da sua constitucionalidade. Alguns irão argumentar que a matéria é inconstitucional por suposta violação ao princípio da liberdade de associação. De outra parte, impediremos que atos de violência sejam cometidos contra aqueles que se opõe a tais mandatos”.

    ResponderExcluir
  3. Mediação do MPT nas eleicoes sindicais,eis um bom exemplo para renovar os sindicatos do Brasil....

    Um sistema eletrônico próprio de eleição sindical desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho foi utilizado na eleição para a escolha da nova gestão do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SINDMOTORISTAS).

    A eleição começou a zero hora do dia 29 e terminou às 18h00 do dia 30. As urnas sairam da sede do MPT-SP e seguiram para cada um dos 34 locais de votação. Nelas foram instaladas o sistema de votação eletrônico do MPT, configuradas para colher os votos dos respectivos eleitores de cada seção de votação.

    Ao final da votação as telas com o número de votos de cada uma das urnas/notebooks foram congeladas e fotografadas. Em seguida, retornaram à sede do MPT, onde foi consolidada a contagem dos votos.

    ”A atuação do MPT, neste caso, é absolutamente atípica e excepcional, pois a Instituição não interfere na organização sindical. No entanto, a disputa eleitoral para esta categoria provocou a paralisação de serviço essencial à coletividade. Daí a configuração do interesse público a justificar a nossa atuação. Na salvaguarda do livre exercício da democracia sindical também assegura-se a continuidade de serviço de transporte público que garante a liberdade de ir e vir à sociedade”, explica a vice-procuradora chefe do MPT-SP, Sandra Lia Simón.

    Toda a logística para o transporte das urnas e contagem de votos foi acompanhada pela Coordenadoria de Promoção da Liberdade Sindical (CONALIS) do MPT, que atuou como conciliador das partes, e pelas Polícias Federal, Militar e Civil do Estado de São Paulo.

    Histórico

    No dia 10 de julho de 2013, horas antes do início das votações para a eleição da presidência do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo), um protesto de motoristas e cobradores fechou os principais terminais rodoviários da cidade, pedindo transparência no pleito eleitoral. A manifestação acabou em confusão e tiroteio, fazendo com que a Justiça do Trabalho suspendesse o pleito.

    A chapa da situação esperava a reeleição do atual presidente, Isao Hosogi, o Jorginho, no poder desde 2004. A chapa de oposição, encabeçada pelo atual diretor de finanças do Sindmotoristas, José Valdevan de Jesus Santos, o Noventa, tentou tirá-lo do cargo por vias judiciais.

    Após o conflito, as partes acordaram em adotar o sistema eletrônico de votação desenvolvido pelo MPT, que também coordenou todo o pleito.

    ResponderExcluir
  4. Lula em entrevista a Folha de SP em 2010

    Lula afirmou que uma renovação faria bem. "Eu não posso falar da CBF porque é uma entidade particular e eu não posso votar, não posso dar palpite. Eu acho que se a CBF adotasse o que eu adotei quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo [foi eleito pela primeira vez em 1975], a cada oito anos a gente trocava a direção da CBF. No sindicato a gente trocava a direcao do sindicato,apenas dois mandatos", disse.

    ResponderExcluir