sábado, 22 de junho de 2013

CHAPA 2,DESCULPEM-NOS ESTAMOS MUDANDO O BRASIL!

Do rio que tudo arrasta,diz-se que é violento.Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem... 
Bertolt Brecht

Assistimos no meio da rua do centro de São Paulo,rodeados de cartazes,cartolinas e rostos pintados de verde e amarelo,primeiramente o pronunciamento conjunto do governador Alckmin e do prefeito Haddad, no final da tarde de quarta-feira 19/06/13, confirmando a revogação do reajuste e a redução da tarifa dos transportes públicos da cidade de São Paulo (ônibus, trem e metrô) para o valor de R$ 3,00.E dias depois 21/06/13,suados e rodeados por estudantes secundaristas e universitários,trabalhadores e moradores de rua,transmitido ao vivo em um telão no centro da cidade,o pronunciamento da presidenta Dilma,os dois fatos foram momentos inesquecíveis,que representaram uma grande e incontestável vitória das manifestações populares conduzidas pelos estudantes e pelos trabalhadores,que cansados de protestarem pelo "facebook" e as tais "redes sociais",decidiram sair as ruas,pintar a cara,fazer cartazes e lutar contra o descaso da classe política,contra a superlotação e os aumentos descontrolados das tarifas de transporte do povão.Obrigando outras capitais,governos municipais e estaduais a anunciarem a redução dos valores,cedendo às milhões de vozes e as várias paralisações que vieram da população que mais sofre.

Uma vitória das ruas,dos manifestantes que acreditaram na força de seus protestos e pé,mesmo após a brutal violência da polícia militar,e em algumas vezes de excessos e vandalismos dos seus próprios membros,coisa inespressiva perto dos mais de 2 milhões de manifestantes que tomaram as ruas do nosso país.É também uma vitória do movimento estudantil,de toda uma geração,tão criticada pelo individualismo e alienação,repetidos diariamente pelos meios de comunicação,e para não contrariar a história os jovens mais uma vez foram a vanguarda deste lindo processo de lutas.“O povo mobilizado está de parabéns e assusta qualquer governante,reafirmando as frases escritas nos cartazes que tomaram o país "Jogaram mentos na geração coca-cola!"e "Verás que um filho teu não foge a luta!".

Com isso,foram derrotadas as " as velhas lideranças que acreditavam deter o monopólio dos movimentos sociais",foram derrotados os "ditos gurus articulistas e colunistas da mídia tradicional,"foram derrotados os "que se venderam aos donos do poder e traíram a sua classe" e acima de tudo foram jogadas na lata de lixo da história os discursos e tentativas de "criminalizar e deslegitimar o movimento que emergiu das ruas",que se iniciou reivindicando um direito elementar, o acesso a um sistema de transporte público e de qualidade,mas  ao passar dos dias já reivindicava direitos sociais e uma melhor condição de vida ao povo como um todo.

Os membros do nosso movimento participaram ativamente dos protestos em São Paulo e no Grande ABC,desde do seu inicio, pois entendemos que o MRCL (Movimento Renovação,Coragem e Luta),além das lutas diárias em defesa da classe trabalhadora e nossas bandeiras históricas,também defende a revogação do reajuste das tarifas ,que se baseie em cortes nos lucros dos empresários do transporte,na redução dos salários dos governantes e na punição concreta aos corruptos e corruptores e não compactua com as ameaças de cortes de verbas sociais,como saúde e educação.Defendemos um novo modelo de transparência que abra definitivamente as caixas-pretas das planilhas de custos do transporte público em todas as cidades do nosso país.

Fica mais uma vez comprovado que a luta nas ruas é o caminho para se obter conquistas para o povo,pois apesar de toda a retórica inicial dos governantes de que "não poderiam rever os aumentos","de que os gritos dos oprimidos não vinham do povão,mas sim de uma "pequena elite descontente",com muita luta,muita garra e muita porrada,o reajuste foi revogado,obrigando tanto as autoridades municipais,estaduais e federais a se pronunciarem perante seu povo e a reconhecerem seus erros "estamos ouvindo os gritos de alerta que vem das ruas",reforçando nossa força e nossa crença nas mobilizações populares conduzidas pelo povo”.

Temos a certeza que estes resultados servirão de aprendizado para os "ditos donos do poder",seja você quem for,não desista,não desanime,tenha fé em Deus,acredite nas mudanças,lute de forma pacífica pelo seu bairro,participe das associações de moradores,seja voluntário nas obras sociais das igrejas,participe do seu sindicato,cobre as promessas dos políticos da sua cidade,pois foi assim de grão em grão que conquistamos a redução das tarifas e agora lutaremos por um transporte público,gratuito e de qualidade e agindo assim,fique sabendo,que consequentemente estaremos construindo um país melhor para todos.

Fonte:Trabalhadores(as) da base

17 comentários:

  1. CUT participará dos atos em todo o país (Vamos tomar as ruas!)

    Central orienta participação dos trabalhadores nas manifestações com as bandeiras da Plataforma de Reivindicações da Classe Trabalhadora, evitando depredação ou saque e valorizando a mobilização.
    Em nota pública dirigida aos sindicatos filiados, ramos e CUTs Estaduais, central orienta participação dos trabalhadores(as) nos atos em todo o páis. Confira:
    Considerando que sempre estivemos ao lado dos trabalhadores/as e dos movimentos sociais, a Executiva Nacional da CUT orienta:
    1 – Devemos participar das atividades em todo o Brasil, contribuindo de forma organizada, com nossas reivindicações históricas, como a Plataforma de Reivindicações da Classe Trabalhadora, evitando qualquer depredação ou saque e valorizando a mobilização;
    2 – É importante que a militância se identifique como CUTista, usando camisetas da CUT, bonés e faixas, sem criar constrangimento para outros movimentos;
    3 – Nossa solidariedade ao movimento é fundamental e devemos explicitar isso, por exemplo, levando faixas de solidariedade e colocando nossa infraestrutura à disposição;
    4 – Devemos, mais uma vez, valorizar também as negociações com os representantes dos governos municipais, estaduais e federal;
    5 – Finalmente reforçamos que devemos evitar qualquer tipo de conflito. O movimento deve continuar pacífico;
    A CUT teve papel fundamental na redemocratização do Brasil, na luta dos trabalhadores/as do campo e da cidade, na luta por anistia e pela democratização dos meios de comunicação.
    A CUT continua tendo papel fundamental na organização e representação da classe trabalhadora e ao longo destes 30 anos de existência, muita coisa evoluiu no Brasil, mas muita coisa precisa melhorar. É preciso ouvir o clamor do povo.

    São Paulo, 20 de Junho de 2013.(Ás 14:47 horas)

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  2. Era um país muito engraçado. faltava escola, sobrava estádio!
    Governo vinha com enrolação, quem discordava "ô o camburão"!...
    Cada pessoa tinha que ser burra, pois do contrario levava surra!
    Ninguém podia protestar não, porque a PM sentava a mão!
    Um belo dia tudo mudou, esse pais enfim acordou!
    O povo disse: "Chega, não dá mais!".
    Enfrentou balas, suportou gás!
    Não é apenas por vinte centavos, pois pelo sistema somos escravos!
    Lutemos pois, pela verdade e conquistemos a liberdade!
    Seguindo vamos, todos unidos, sem depender de podres partidos!
    E o resultado é que essa união pode acabar em REVOLUÇÃO!!

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  3. “Houve avanços, mas ainda estamos no final da lista. O reflexo disso está nas ruas”, afirma Paul Singer professor da Universidade de S. Paulo

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  4. Aos amigos do PT e da CUT:

    Nos anos 80, com grande peso de massa da esquerda era muito comum os atos das diretas já e mesmo assembléias operárias de massa no ABC serem encerradas com o Hino Nacional.O lula sabe disso,nós da esquerda temos que disputar essa consciência da massa para a esquerda, mas entendendo o valor do sentimento nacionalista anti-regime ou anti-corrupção no caso atual, no caso da minha geração era uma nacionalismo anti-ditadura do tipo dizer “o hino e a bandeira são nossos e não da ditadura”. Hoje tem isso de fundo “a bandeira, o hino, a nação são nossos e não dos corruptos”. Quem for de Esquerda que não entender isso vai virar pó nesse movimento.

    Temos que partir do princípio que o movimento conseguiu uma enorme vitória que foi a redução das tarifas. Uma enorme e inédita vitória no estado de São Paulo. Não é um movimento que larga com derrota e acuado, larga com uma grande vitória e isso impulsionou o crescimento da mobilização, pois já teve VITÓRIA.

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  5. Aos leitores do blog:

    Esse divórcio entre governados e governantes não é novo. Estava presente no fim da ditadura militar, no fim da ditadura de Vargas em 1945. Só não tínhamos então esses elementos novos, a cultura digital, as redes sociais, que independem de lideranças tradicionais para ter voz. O mundo político não estava preparado para essa súbita chegada da globalização a seus pagos.

    A questão é que atravessamos uma crise de regime. Cabe lembrar que a Revolução Francesa, em 1789, eclodiu por causa do custo do pão - mas outros fatores concorreram para se detonar, então, o processo revolucionário: corrupção, injustiça, clientelismo, péssimas condições de vida, alta carga de impostos. Nossos governantes de hoje, de Gilberto Kassab a Geraldo Alckmin, de Eduardo Paes a Sergio Cabral, passando pelos Rui Falcão e Garotinhos, deviam prestar atenção ao que disse o historiador inglês Eric Hobsbawn, que definiu o Brasil como o "campeão da irresponsabilidade social". Mas um dos nossos problemas é que nos faltam estadistas.

    Não por acaso, os radicais do movimento foram para cima dos símbolos do poder - Prefeitura e Bandeirantes em São Paulo, Assembleia no Rio, ministérios em Brasília, O susto já foi dado nas classes políticas. Certamente, está todo mundo reavaliando seu discurso, suas atitudes, suas conveniências.

    Que a presidente Dilma, leitora de bons livros e conhecedora de exemplos que a História Mundial oferece, fique atenta. Em situações de grave crise nacional, o remédio que a História ensina é o da convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva - voltada especificamente para definir as diretrizes, enfim, de uma reforma política. Não se rompe o atual divórcio entre Estado e cidadãos sem limitação ao número de partidos, sem critérios etico-políticos na representação dos deputados e senadores - que devem atuar na defesa dos cidadãos, hoje reduzidos a meros súditos-contribuintes. E essa reforma poderia estar voltada, também, para melhor controle de gastos públicos, para uma definição mais concreta de obrigações do Estado no campo da saúde, da educação.

    A sociedade manifestou-se claramente. Exige transparência, rigor e competência. Que sejam tomadas providências enquanto o quadro nacional não piore!"

    Assembléia Constituinte Já!

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  6. Aos leitores do Blog:

    "Na verdade quem inaugurou a ação violenta são os próprios governos, através das orientações que deram a suas polícias militares, em um primeiro momento a atitude foi de criminalização das manifestações populares e espontâneas. As falas eram no sentindo de que se tratava de uma grande baderna,de vândalos e agora a revolta dos filhinhos de papai.
    E rapidamente a sociedade respondeu indo às ruas cada vez mais, repudiando essa leitura dos governantes".Chegou a hora do fim da ditadura sindical/empresarial/politica..."

    Na avaliação dos especialistas, a previsibilidade de ações desse tipo em eventos que reúnem uma grande quantidade de pessoas(mais de um milhão) deveria ter feito com que não apenas a Polícia Militar, mas outras estruturas de segurança,como policiais civis, bombeiros e ambulâncias, fossem mobilizados para acompanhar as manifestações, assim como acontece no Carnaval e no Réveillon do Rio e eventos como a parada Gay, por exemplo.

    "Essa é a razão pela qual é necessário o aparato de segurança pública, para garantir e preservar o direito de ir e vir e o direito de se manifestar de forma pacífica e, ao mesmo tempo, reduzir a oportunidades de riscos,de acidentes, de incidentes,de vandalismo e mesmo de ações predatórias localizadas".A hora é agora!

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  7. Aos amigos do blog:

    Para os especialistas do direito,a grande adesão e a pluralidade de bandeiras presentes nos protestos refletem uma insatisfação maior da população, com questões que passam, entre outras coisas, pelo modo como os direitos básicos como saúde e educação e os grandes eventos como a Copa do Mundo estão sendo organizados no Brasil."As cidades que são sedes da Copa das Confederações estão vivendo uma certa suspensão dos direitos, do direito de protesto, que é um direito básico da democracia, e do direito de ir e vir".

    "Há uma certa suspensão de direitos conquistados que está gerando uma faísca importante para estes movimentos. Agora eu considero que esses atos políticos não são atos de negociações,não é para recolher assinaturas para abaixo-assinados,não cabe em uma mesa de conciliação.Estes são atos de rebeldia civil. São um sintoma de que a constitucionalidade não está funcionando, são um corretivo de um norma que não está funcionando, que está falha",os governantes precisam ouvi-los e agir imediatamente,a hora agora é de ações...

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  8. Enquanto petistas e Imprensa especulam sobre um "volta, Lula", boatos dão conta que Lula estaria com graves problemas de saúde. Os boatos ficam mais fortes porque há reuniões, mas não há fotos. Há declarações, mas não há entrevistas. Em plena crise, Lula sumiu. As últimas fotos são de mais de 10 dias atrás. Os comentários não são fofocas de internet, tem como fontes profissionais da área médica que trabalham dentro do Sírio Libanês....Força companheiro!

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  9. Quando fizemos protestos para diretas já, queríamos eleições diretas, depois o impechement, do collor,. conseguimos sem quebrar nada,fazemos parte do governo do PT,tudo isso sem atacar a policia ou patrimônio publico e privado. não entendo porque querem agredir a policia o patrimônio e a cidade, tirando o direito de ir e vir, quer protestar escolhe um local sem movimento e não cause vandalismo porque atras de 150 mil protestando tem mais de um 1 milhão dentro dos carros querendo seu direito de ir e vir, temos que parar estes protestos e se organizar, para não perder a razão, não deixar o vandalismo e o retrocesso tomar conta da nação. podemos regredir ate 10 anos,não entre em greve geral e fica esperto o desemprego voltará.

    trabalhadores comissionados do abcd

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    1. concursado e contra corrupçao26 de junho de 2013 às 06:07

      Companheiro ou companheira comissionado,
      se voce é comissionado quer dizer voce trabalha em uma prefeitura do ABCD em cargo de comissão ou seja indicação politica de alguem.
      Pois bem, esta uma das formas de jeitinho que encontraram para corromper o povo. Isto quer dizer não ha necessidade de fazer concurso publico onde muitas vezes pessoas que se preparam durante muito e durante anos são subordinadas a pessoas que muitas vezes nem sabe o que estão fazendo no cargo ou serviço publico.
      Hoje são muitos neste pais por isto defendo que somente ingresse em cargo publico concursados

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    2. Apoiado companheiro!

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  10. “Fiquei muito feliz por estar no Brasil semana passada”, falou a cantora Marisa Monte em Nova Yorque, referindo-se às manifestações que tomaram diversas cidades. “Consegui ver algo que pode significar uma nova forma de democracia no país”, disse ela, que se apresenta novamente por lá na sexta-feira.

    Marisa Monte apóia as lutas dos estudantes e dos trabalhadores!

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  11. O sociólogos citam a afirmação do filósofo Michel Foucault, para quem “as políticas neoliberais em um país como o Brasil só apontam para uma única diretriz: a barbárie”, como fundamentação à suas teses de que a lógica do mundo neoliberal do “deixar viver e fazer morrer” contribui com a fúria das massas.

    "Vamos dar uma bolsa esmola e deixar viver, mas vamos deixar morrer sem saúde de qualidade, sem educação.Participamos de um projeto da Unesco e visitamos 160 escolas públicas no Brasil em um período de seis meses e elas possuíam uma estrutura física desumanizadora,cheia de grades,com aprovação automática dos alunos e hoje, cinco anos depois, nada mudou a comunidade continua dependente das bolsas do governo e nada mudou ou evoluiu por lá. Isso sim é que é vandalismo" e dos piores.

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  12. A falsa classe média:

    Sempre é bom lembrar que a tese de que 40 milhões de pessoas acenderam à classe média foi inventada pelo próprio PT. Segundo o governo, está na classe média quem dispuser de renda per capita entre R$ 291 a R$ 1.019 reais por mês. Essa tese é um verdadeiro absurdo. Ao invés de nova classe média, estamos vivendo um processo complexo de ampliação da classe trabalhadora assalariada, que passou a ter acesso ao consumo pela expansão do crédito. Uma ampliação marcada pela precariedade do trabalho e pelo crescente endividamento.

    Os empregos terceirizados da juventude:

    Quem foi para as ruas é a juventude que é parte destes trabalhadores assalariados que surgiram sob o governo do PT. Uma juventude que acreditou na propaganda oficial de “um país mais justo”, mas foi frustrada pela realidade. Nestes 10 anos, os mais jovens entraram no mercado de trabalho e nas universidades. Mas 59% destes empregos são ocupados por quem recebe até 1,5 salário mínimo. São os jovens que recebem os piores salários e os empregos mais precários. A vida para eles é muito dura. São obrigados a enfrentar o caos urbano, dos serviços públicos e a comprometer boa parte de sua renda para pagar mensalidades nas universidades privadas. Estão lá porque, nesses 10 anos de governo, o PT tratou a educação como mercadoria e não como direito. Privilegiou os tubarões do ensino privado em detrimento da expansão do ensino público superior.

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  13. De:Marina Silva
    Para:Dilma Russef

    "Era óbvio que a ideia de fazer um discurso orientado pelo marketing não iria funcionar. Depois houve a tentativa de anúncio ancorado pela orientação política partidária dela, no velho estilo de chamar os governadores para anunciar para eles, em vez de conversar, em vez de anunciar para a sociedade e de construir com ela. Fechar a discussão entre Palácio, governadores e Congresso é não levar em consideração o que está sendo dito a todos nós", resumiu Silva sobre os atos de Dilma em reação aos protestos. "Isso que está acontecendo no Brasil é de uma riqueza política, social e cultural tão grande que vamos levar muito tempo ainda para ter uma medida", analisou, defendendo que se realize um plebiscito sobre a reforma política "desde que a gente saiba quem é que vai fazer as perguntas. Elas não podem ser formuladas apenas pelo Palácio e pelo Congresso."

    Compartilhando informações com a categoria.

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  14. Dilma estava mais preocupada em montar uma cada vez maior base aliada para disputar a reeleição, me parece que Dilma perdeu o timing das mudanças necessárias em seu ministério, que é muito fraco, na virada do ano, quando se limitou a trocar seis por meia dúzia, trazendo de volta partidos varridos na faxina do primeiro ano de governo".

    Kotscho não poupa a equipe de comunicação da presidente. Segundo o jornalista, "Dilma confiou demais nas pesquisas, nos comerciais e nos pronunciamentos produzidos por seu marqueteiro João Santana, sem dar a devida atenção para o que acontecia no mundo político do outro lado do Palácio do Planalto, no meio empresarial e na vida real dos trabalhadores e estudantes".

    "A comunicação do governo limitava-se à propaganda paga no rádio e na televisão. Enquanto os números mostravam índices favoráveis para a presidente, tudo bem, o marqueteiro tinha razão. Só que o governo não percebeu que os outros canais de comunicação com a sociedade estavam todos entupidos, sem funcionar em duas vias. O governo só falava, não ouvia. Quando o copo da insatisfação transbordou, o que movia as pessoas a sair às ruas não era um motivo só, mas o que minha mulher chama de 'o conjunto da obra', a tal desatenção que pode ser a gota d'água, como na música do Chico", escreveu.

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  15. Abre-se um novo ciclo que conclama a busca de novos consensos e diálogo. Há muito, alertamos para a necessidade de debate mais aprofundado sobre os rumos e o futuro do País. Nas ruas, os brasileiros mostraram vigor democrático.

    O verdadeiro diálogo se inicia quando o silêncio é rompido. E as recentes manifestações populares revelam a justa insatisfação do povo com a degradação da vida pública e a qualidade dos serviços públicos, em especial nas áreas de saúde, educação, segurança e mobilidade urbana.

    Eduardo Campos
    Presidente Nacional do PSB

    Recife, 1 de julho de 2013

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