Vários sindicatos e centrais sindicais cobradas pelas suas bases,iniciaram nas últimas semanas o que poderá vir a ser o maior processo judicial da história do país, em termos de pessoas envolvidas e volumes financeiros movimentados.Sindicatos ligados a Força Sindical,Conlutas, UGT e CSB,já entraram com várias ações na Justiça do Trabalho do Distrito Federal solicitando o recálculo retroativo da Taxa Referencial (TR),com pedido de liminar antecipada,para repor o que consideram uma perda de 88,3% na correção do FGTS desde 1999 até 2013. Pois a partir daquele ano, a TR começou ser reduzida paulatinamente pelo gestores da Caixa Econômica Federal,até estacionar no zero em setembro de 2013, encolhendo também a remuneração do FGTS,corrigido por juros de 3% ao ano e mais a TR.
Apenas nos últimos dois anos, quando a redução da TR chegou a níveis mais drásticos, os trabalhadores teriam perdido cerca de 11% em termos reais,se considerada a correção oficial do FGTS,em comparação com a evolução da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),sempre usado como referência em questões trabalhistas pelo governo.Nos últimos meses,o índice de inflação acelerou,subindo mais de 6% ao ano desde 2010, enquanto que o FGTS,que não pertence ao Governo,mas sim aos trabalhadores tiveram redução drástica na correção.
Os representantes das entidades sindicais, tem colhido adesões de milhares de trabalhadores aos processos e calculam que, levando-se em conta o saldo total do FGTS,que atualmente soma mais de R$ 350 bilhões,afirmam que os valores questionados na Justiça do Trabalho,pelos trabalhadores poderia chegar a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB),todos estes processos podem chegar a mais de 30 milhões em adesões de trabalhadores potencialmente prejudicados pela não correção das contas de FGTS.
Em contraste com a evolução dos depósitos na conta dos trabalhadores e trabalhadoras, inativa ou melhor parada até o momento em que se justifica o saque, o patrimônio líquido do FGTS nos últimos tempos navegou de vento em popa.Cresceu como um bolo gigante nas mãos do Governo e da Caixa Econômica Federal,mas ao mesmo tempo o dinheiro encolheu na mãos dos trabalhadores,subindo de R$ 17,72 bilhões para R$ 46,79 bilhões a disposição do Governo Federal.
Tudo isso sinaliza que está sobrando dinheiro nas contas do FGTS e que chegou o momento de se fazer justiça com a classe trabalhadora, recompondo o valor real dos depósitos realizados seguindo os índices de inflação e a favor dos assalariados que constroem a riqueza deste país.Não seria justo devolver o dinheiro desperdiçado na ciranda financeira aos seus verdadeiros proprietários,pois o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço pertence ao trabalhador e a trabalhadora,ou não?.
Os trabalhadores do chão de fábrica estão pressionando os sindicatos e as centrais sindicais para cobrarem do Governo Federal e da direção da Caixa Econômica Federal,uma forma de negociação ou até mesmo a abertura de uma Medida Provisória,que regularize as contas e que possa mudar imediatamente as regras de correção do FGTS e assim interromper os prejuízos violentos nas contas do FGTS dos trabalhadores,em caso de recusa devemos orientar todos os trabalhadores a exigirem na justiça a reparação dos valores,sejam eles 88,3% ou 48,3%,pois pertencem ao conjunto da classe trabalhadora e disso não abriremos mão.
Fonte:Trabalhadores da Base
Sobre a greve geral do dia 01/07/13:
ResponderExcluirA Central Única dos Trabalhadores (CUT) já havia divulgado nota na segunda-feira, 24/06, afirmando que "nem a CUT nem as demais centrais sindicais, legítimas representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de julho". Conforme a CUT, a convocação para a suposta greve "surgiu numa página anônima do Facebook e é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população", diz o comunicado.
Vamos aguardar um posicionamento da CUT e do Governo federal do PT para os próximos dias,pois este dinheiro do FGTS pertence a classe trabalhadora,tirem as suas patas dele,tá!
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